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Ensaios de tração determinam vida útil de equipamentos no transporte de cargas

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Foto: divulgação.

Por Leandro Bieco, especialista em içamentos de carga, máquinas e integridade estrutural.

Na indústria como um todo, os ensaios mecânicos desempenham diversas funções e são realizados com diferentes técnicas. Também conhecidos como ensaios destrutivos e não destrutivos, podem ter aplicações variadas para testar a resistência de materiais e componentes por meio de testes de pressão, flexão, compressão, impacto, fadiga, entre outros.

No caso de equipamentos para amarração, elevação e movimentação de cargas, um dos ensaios mecânicos mais utilizados é o de tração. É um teste que desempenha um papel fundamental na obtenção de informações sobre as propriedades mecânicas e de resistência de materiais e, por isso, é essencial para determinar aplicações seguras dentro dos limites de capacidade. Mas quando é necessário fazer um ensaio de tração?

Destrutivo e não destrutivo

Para responder a esta pergunta, é importante conhecer as dinâmicas desse tipo de teste. Como mencionado anteriormente, ele se divide em destrutivo e não destrutivo. Ou seja, há situações em que é necessário levar o ensaio até o ponto de ruptura do equipamento testado e há outras em que a coleta de informações pode ser feita sem que se destrua o objeto.

No caso de um ensaio de tração destrutivo de cabo de aço, por exemplo, o material será submetido a uma força de tensão crescente até chegar ao rompimento. Isso permite saber a carga máxima de ruptura efetiva daquele tipo de cabo de aço naquelas circunstâncias, bem como a suas propriedades mecânicas.

Já em um ensaio não destrutivo, o cabo não tem sua integridade comprometida. Mesmo sendo submetido a uma tensão crescente dentro do limite elástico, o que importa neste caso é avaliar comportamento do material frente à força exercida, mas sem inutilizá-lo. Por isso, ele passa por uma análise que pode incluir desde a inspeção visual até recursos com equipamento eletromagnético.

Quando é necessário fazer um ensaio de tração?

Há muitas situações nas quais cada um dos testes são aplicáveis. Porém, podemos dizer que, no geral, os ensaios destrutivos são utilizados com mais frequência durante o desenvolvimento de produtos e equipamentos, especialmente como parte do controle de qualidade.

Por sua vez, os ensaios não destrutivos podem ser aplicados como parte de avaliações periódicas de materiais, incluindo inspeções de qualidade e de segurança, bem como na recertificação para uso dentro das normas técnicas. Por exemplo, se um determinado equipamento não foi devidamente inspecionado dentro do período estabelecido, há normas que obrigam a realização de ensaio não destrutivo para identificar a carga de trabalho segura. Outro exemplo são as lingas de cabos de aço, que devem passar por ensaios não destrutivos a cada quatro anos.

Resultados dos testes

O laudo emitido após um ensaio de tração é extremamente útil para uma série de tomadas de decisão, tanto operacionais como de segurança. Assim, os resultados dos testes podem determinar a manutenção ou a substituições de materiais, o dimensionamento adequado da aplicação dos equipamentos, o planejamento de uma operação de movimentação de cargas e a otimização de custos. Tudo isso sempre com foco na segurança e eficiência.

Entre os equipamentos de amarração, elevação e movimentação de cargas que podem passar por ensaios de tração estão cabos de aço, manilhas, ganchos, correntes de elevação e amarração, lingas de correntes, cintas de elevação e amarração, talhas, moitões, olhais, polias e patescas e outros.

Por fim, é sempre importante salientar que a realização desse tipo de teste requer empresas altamente capacitadas para conduzir os ensaios em todas as suas complexidades técnicas. E não apenas de execução mecânica, mas também de análise de resultados. Isso depende de equipamentos modernos e técnicos preparados para obter o máximo de informações de maneira confiável.

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