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Foto: Babuska Fotografia.

Daqui para frente, toda empresa será uma escola

Por Mariana Achutti, CEO da Sputnik.

Um título taxativo tem sempre seu peso. Mas dobro minha aposta. Empresas conectadas ao espírito e às demandas de seu tempo, daqui para frente, irão se transformar cada vez mais em espaços educacionais. E antes de entrar no que significa esse novo conceito, dou um passo atrás para explicar sua importância.

Partamos de uma verdade indigesta, mas com potencial transformador: as pessoas confiam mais nas empresas do que nos governos ou na mídia.

Ao serem indagados pela pesquisa Barômetro de Confiança 2020, ao menos 80% dos entrevistados responderam confiar nos cientistas, 69% nas pessoas da própria comunidade e 65% em cidadãos de seu país. Um pouco mais da metade diz ainda acreditar nos CEOs e 50% nos jornalistas. Os governantes aparecem ao final da lista, com 42%.

Diante desse cenário, você já pensou no impacto do seu negócio na sociedade? Na era da responsabilidade social e da transparência, o novo pensamento que emerge dentro das corporações redireciona e expande suas forças educacionais.

Muitas organizações avant-garde já estão se entendendo como plataformas impulsionadoras de conhecimento para a sociedade como um todo.

E se lá atrás os alicerces da aprendizagem corporativa estavam calcados em garantir baixa rotatividade e alta produtividade entre funcionários, agora é preciso ir além.

Da equipe ao consumidor final, passando pelos prestadores de serviço: a educação corporativa do futuro olha para todos os stakeholders e transforma o mundo, para além do negócio. É esse o novo posicionamento que chamamos de empresa-escola. Tal qual a visão anterior de educação corporativa, esse novo mindset também opera na lógica ganha-ganha.

Para a sociedade, fica a circulação de um saber de qualidade, proporcionada não só pelo ensino formal, mas também por empresas engajadas com o compromisso de entregar a seus ecossistemas o conhecimento que detêm.

Para a corporação, a benesse vem de um reforço de vínculo entre seus stakeholders, aumentando o valor de marca e garantindo maior sustentabilidade relacional e financeira para o negócio.

Tomemos o iFood como case. Se antes a educação corporativa era voltada única e exclusivamente aos funcionários, hoje a empresa lança processos de aprendizagem a restaurantes e entregadores.

É uma forma de garantir que novas habilidades sejam aprendidas e que outros conhecimentos estejam circulando de ponta a ponta. Já a Warren, corretora de investimentos e gestora de patrimônio, oferece várias trilhas de conteúdo gratuitas para o cliente final.

Nenhum de nós nasceu sabendo montar um plano financeiro. Nem aprendeu na escola. Nossos cursos de Vida Financeira nasceram para resolver estes problemas”, diz a empresa no site de seu braço educacional.

Derivada do termo em latim “educare”, educar significa “conduzir para fora”. É essa a movimentação contemporânea e futurista da educação corporativa. E a gente sabe, o futuro é logo ali. Sua empresa está preparada?

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