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5 tendências do setor de legalização para facilitar a vida de empreendedores

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O Brasil está na 12ª posição entre as 20 maiores economias globais pelo Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, há um panorama oposto no ranking Doing Business 2020, que revela o país na modesta 124ª posição em relação à facilidade de abertura de novos negócios.

Segundo a Company Hero, startup que já ajudou a simplificar a formalização de mais de 10 mil empresas no Brasil em quatro anos, o fator que mais dificulta a regularização de um negócio no Brasil é a ausência de informações transparentes em um único sistema.

Com base no último relatório divulgado pelo Redesim, sistema criado para gestão de abertura, alteração e baixa de empresas, Goiás, Roraima e Piauí são os estados com o processo de legalização de empresas mais digitalizado.

No segundo quadrimestre do ano passado, Goiás foi o estado que apresentou o menor tempo para abertura de empresas: 1 dia e 2 horas. Já a Bahia registrou o maior tempo: 6 dias e 1 hora.

“Para se ter uma ideia, na Estônia, a abertura de uma empresa pode ser realizada 100% online, custa cerca de 190 euros e leva apenas 2 horas para ser concluída. No Reino Unido, com 12 libras esterlinas e em 5 minutos uma pessoa preenche um cadastro para abrir seu negócio sozinha. Seguindo etapas claras e intuitivas pela internet, em 3 horas a empresa estará registrada em sistema e legalizada para operar”, explica Miklos Grof, CEO da Company Hero.

Diante desse cenário, o executivo listou as cinco principais tendências para o setor de legalização este ano que podem ajudar a facilitar a jornada dos empresários brasileiros e tornar a abertura de empresas mais simples. Confira abaixo:

1. Tecnologia e integrações aplicadas à formalização de empresas

Os setores contábil e jurídico eram tradicionalmente mais resistentes sobre a aplicação de softwares e automações em sua rotina operacional.

Até a pandemia chegar e pressionar contadores e advogados de todo o mundo a investir em tecnologia para sobreviver com seus negócios.

Agora, muitas startups estão causando uma disrupção no mercado e crescendo muito rápido, forçando essas empresas mais tradicionais a se atualizarem.

O Brasil ainda lida com outro fator: parte da rotina de cartórios, prefeituras, juntas comerciais e tribunais ainda é analógica e se mescla com sistemas pouco integrados.

Mas, nos próximos 5 anos, veremos os mercados contábil e jurídico adotando cada vez mais softwares e plataformas para lidar com a alta competitividade e expectativas dos seus clientes.

A integração entre plataformas privadas e dados de órgãos públicos possibilitará a contabilidades e escritórios de advocacia a automação de consultas cada vez mais ágeis de processos jurídicos, documentação de clientes e informações tributárias.

2. Softwares e bots para centralização de informações de empresas

Quando o assunto é regularizar um negócio no Brasil, há quem diga que a burocracia em nosso país é uma grande bagunça, mas na verdade temos processos bem definidos.

Porém, as etapas são desconexas, cheias de particularidades e com pouca transparência, o que dificulta a vida para muitas pessoas.

O que nos difere da Estônia, neste aspecto, é a tecnologia que chamaram de X-Road, desenvolvida em 2001: um sistema altamente integrado e seguro que garante a centralização de informações da população para acesso público-privado.

No Brasil, a tecnologia aplicada à área de legalização está avançando mais rapidamente no setor privado. Para escalar o atendimento a mais empreendedores e eliminar a improdutividade, plataformas como a da Company Hero, ClickSign, Omie e Conta Azul, com auxílio de bots e integrações, apoiam empresários, contadores e advogados a reduzir drasticamente o desperdício de tempo com processos manuais e repetitivos para gestão de diversos processos das empresas.

3. Comunicação digital entre empresários e seus contadores e advogados 

Advogados e contadores são cada vez mais cobrados por seus clientes não só pela agilidade na prestação dos serviços, mas pela comunicação remota e ágil.

O brasilieiro já se acostumou em usar excelentes serviços focados no usuário por conta da revolução de startups. Agora, está procurando uma experiência parecida em sua vida profissional.

Da mesma forma que reserva hospedagem, paga boleto e pede comida 100% online, o empresário da era digital quer gerenciar, remotamente e em tempo real, o status de um protocolo, documento, certidão ou processo legal da sua empresa.

Em resposta a essa demanda, veremos cada vez mais escritórios de contabilidade e advocacia investindo em ferramentas e tecnologia para garantir agilidade, transparência e eficiência na comunicação e na experiência que oferecem às empresas.

4. Dados integrados em nuvem e protegidos com blockchain

A exemplo de outros nichos da economia, o setor de legalização segue a tendência data driven. Até 2024, segundo pesquisa da Gartner, estima-se que 20% dos profissionais do setor que atuam em escritórios especializados serão substituídos por outros especialistas em inovação, tecnologia e inteligência de dados. 

Atrelada ao setor financeiro pelo crescimento das criptomoedas, a tecnologia Blockchain será cada vez mais aplicada, começando por contratos e documentos ‘inteligentes’ de pessoas físicas e jurídicas.

Veremos maior agilidade, transparência e confiabilidade dos processos legais e paralegais, com documentos altamente criptografados que não poderão ser excluídos nem sofrer intervenção ou manipulação por humanos.

5. Identidade e assinatura digital

Identidade digital é um recurso que centraliza documentos, biometria e dados individuais em um único cadastro.

A Estônia é o país com maior aderência a este modelo de identidade digital com um sistema implementado em 1991.

Cerca de 98% da população possui a identidade digital e sua aplicação no cotidiano é bastante ampla: certidão de nascimento, habilitação de motorista, voto eleitoral, histórico médico, declaração tributária, transações financeiras e a abertura de uma empresa são informações unificadas em um cadastro.

Startups têm investido em tecnologias de identidade e assinatura eletrônica de documentos, como Soluti, Unico ID, CertiSign e ClickSign.

O caso Estônia prova o potencial desta tendência com maior eficiência da gestão integrada de informações público-privadas.

Desta forma, recursos governamentais que seriam despendidos com burocracia analógica podem ser usados em educação e serviços para a aplicação.

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