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BBB: o que os programas de entretenimento podem ensinar sobre diversidade?

Foto: divulgação.

Mesmo em um país diverso, o desafio social é fazer com que todas as pessoas sejam valorizadas, respeitadas e incluídas.

Além disso, entender que existem formas diferentes de pensar, agir, sentir e viver, é importante para que cada pessoa consiga conhecer ou reconhecer a sua própria identidade.

Neste sentido, o programa Big Brother Brasil tem sido um relevante espaço para discussão sobre diversidade.

“Ao longo de suas 22 edições, o programa trouxe participantes de grupos minorizados que eram invisibilizados pela sociedade, como pessoas negras, LGBTQIAP+, público 50+, entre outros”, destaca Carine Roos, CEO e fundadora da Newa.

Além de expor preconceitos com grupos minorizados, o entretenimento também trouxe para dentro da casa dos telespectadores o debate sobre questões sociais que antes não tinham tanta força e tampouco visibilidade em produtos culturais de massa, como novelas e séries da TV aberta. 

“Apesar do programa ainda não ter tido nenhum participante PcD, o BBB tem contribuído para provocar um debate urgente sobre diversidade e inclusão”, aponta.

Entre as pautas mais recentes levantadas pelo programa e que tem repercutido nas redes sociais é o caso da participante Linn da Quebrada, que por diversas vezes foi tratada como pronomes masculinos, mesmo deixando claro que se identifica como ela. Também houve uma discussão sobre a solidão da mulher negra, pautada pela tristeza da personagem Natália ao não ser escolhida romanticamente por um dos participantes, e o impulsionamento dos debates sobre gordofobia.

“O programa está mostrando que, cada vez mais, as pessoas precisam criar consciência sobre diversidade e inclusão, rompendo as barreiras do preconceito e do que antes era considerado tabu. No caso da participante Linn, ela mostra ao Brasil que um gênero vai muito além da binariedade”, aponta Carine

Para Carine, quanto mais naturalizados se tornarem estes debates, de forma mais positiva estas questões entrarão nas casas e empregos das pessoas:

“Traçando um paralelo com o universo corporativo, sabemos o quanto de diversidade e inclusão falta dentro de equipes e quadros de liderança. Ao ver a presença de pessoas diversas e conflitos diferentes em suas TVs em horário nobre, isso trabalha o inconsciente de quem contrata e lidera”.

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