Por Bruno Barreto, CEO da Dr. TIS.
A crescente digitalização dos serviços de saúde, expressa, entre outros fenômenos, pela adoção do Registro Eletrônico de Saúde (RES), pela informatização de bancos de dados e procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) e o compartilhamento de informações nas esferas federal, estadual e municipal e entre entes públicos e privados, não são novidade.
A pandemia representou, entretanto, um grande e imprevisto impulso para essas tendências. Uma das consequências desse quadro foi o aumento da preocupação com a segurança dos dados de pacientes, empresas, instituições e órgãos públicos.
Estudos apresentados no 12º Fórum de Saúde Digital, em 2021, mostraram que o setor médico tornou-se o mais visado em ciberataques.
O registro de um único paciente pode valer até US$ 1 mil no mercado negro, mais do que informações relacionadas a cartões de crédito.
Por isso, é tão essencial que hospitais públicos e privados, operadoras de seguro saúde e laboratórios de análise adotem posturas preventivas.
Mais do que financeiro, o problema afeta a vida e a intimidade dos pacientes e gera transtornos operacionais, já que requer um grande esforço para restabelecer o atendimento.
Não existe serviço eficiente de saúde sem gestão segura e responsável de dados. É por isso que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estende suas medidas protetivas sobre esse segmento.
A grande incidência de malwares e vírus, assim como de ataques hackers, como o que teve como alvo recente o Departamento de Informática do SUS, mostra que a segurança da informação é uma pauta cada vez mais indispensável.
Aprimorar mecanismos de proteção, como armazenamento de dados em nuvem e assinatura eletrônica, é um trabalho constante e permanente.
A armazenagem em nuvem possibilita que bancos de dados sejam protegidos por criptografia, além de ficarem blindados contra danos físicos comuns em bancos de dados próprios.
Já a assinatura eletrônica, com certificado digital, por e-CPF ou e-CRM, garante que o laudo foi realmente emitido por um médico e afasta risco de falsificação.
Preocupada com esses e outros desafios, a Dr. TIS estabeleceu parceria tecnológica com a Amazon Web Services (AWS) e tem certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Também é uma das poucas empresas do ramo de tecnologia na saúde certificadas pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).
Essas práticas constituem garantias de segurança para beneficiários e instituições que utilizam a plataforma.
Um dos momentos da história mais propício para aliar inovação, segurança e saúde é agora. É tempo de potencializar ferramentas tecnológicas, fomentando o uso de forma adequada com gestão e responsabilidade.
Centrais de laudos, atendimentos de home care e serviços de Atenção Domiciliar (SAD) que oferecem ambientes virtuais confiáveis já deram o primeiro passo para operar nesta nova fase.
O futuro caminha para uma Saúde sem fronteiras físicas, e com uma série de desafios a serem vencidos, mas com grande proteção ao bem mais valioso para as organizações e seu capital humano: dados que impactam diretamente na própria vida.