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Como o low code abre caminho para profissionais de tecnologia focarem em soluções complexas

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

Agilizar o desenvolvimento de soluções tecnológicas sem a necessidade de conhecer uma linguagem de programação de forma complexa. Esse é o objetivo do low code. A ferramenta também eliminou a necessidade de criar estruturas, vincular diferentes bancos de dados e realizar outras tarefas que geralmente são necessárias para codificar um software ou um aplicativo. 

Para saber mais sobre o assunto, o Economia SP Drops conversou com Rafael Bortolini, head de produtos da Zeev, que atua no desenvolvimento e fornecimento dessas ferramentas. Confira abaixo:

Quais os benefícios do low code? 

Rafael: Existem inúmeros benefícios do movimento low-code. Por isso, dividi em 3 tópicos para que possamos focar na resposta de uma forma estruturada. Para empresas, o movimento proporciona mais velocidade no desenvolvimento de soluções em tecnologia. A rapidez no desenvolvimento e entrega de soluções de tecnologia está diretamente ligada à velocidade de inovação e à transformação digital. As plataformas low-code permitem que as organizações acelerem seus processos nesse âmbito. Além da empresa, o low code traz benefícios para as pessoas. Para o profissional que desenvolve está a oportunidade de dedicar seu talento para as tarefas mais desafiadoras. Empresas líderes investem em plataformas low code ou no code e liberam seus desenvolvedores para se concentrarem em projetos grandiosos e inovadores. Ferramentas low code estão democratizando o desenvolvimento de software. Ou seja, uma pessoa sem conhecimento prévio de codificação pode desenvolver aplicativos e softwares em ferramentas ou plataformas low code. A consultoria norte-americana Gartner prevê que “até 2023 o número de desenvolvedores cidadãos (sem conhecimento técnico de tecnologia) será, no mínimo, 4 vezes maior que o número de desenvolvedores profissionais”. 

Por que esse conceito está tão em alta?

Rafael: Sabe-se que as empresas estão cada vez mais dependentes de tecnologia e precisam inovar e se transformar digitalmente. Por isso, a demanda para o setor está cada vez maior e só cresce. Em contrapartida, existe um déficit crescente de mão de obra técnica especializada. No Brasil, essa falta se torna mais acentuada pelo fato de que, atualmente, a busca por mão de obra brasileira para trabalhos remotos no exterior aumentou. Devido a isto, o movimento low code cresce à medida que as organizações o vêem como uma resposta.

O low code é uma tendência? O que podemos esperar desse segmento?

Rafael: Sim. Em 2020, a Gartner, consultoria norte-americana especializada em tecnologia, já apontava que, “em 2025, 70% das aplicações e softwares desenvolvidos utilizarão tecnologia low code ou no code”. Ou seja, tanto as organizações quanto os profissionais terão que se adaptar. O low-code chegou para ficar. Ainda de acordo com a consultoria, “o mercado mundial de tecnologia low code, no ano passado, foi projetado em U$ 13,8 milhões, um crescimento de 22,6% quando comparado ao ano de 2020”. No Brasil, o movimento começou há 2 anos e, como um assunto novo, apenas no ano passado o termo começou a ser mais difundido em eventos, sites e comunidades.

Com o crescimento de low e no code, como fica os profissionais de TI?

Rafael: O movimento low code é uma cooperação. De forma prática, o desenvolvedor cidadão, com uma ferramenta low code, irá desenvolver soluções de software sem uso de códigos. Porém, as possibilidades de desenvolvimento são infinitas e em dado momento o desenvolvedor cidadão precisará da colaboração do desenvolvedor profissional. Ou seja, de forma colaborativa o desenvolvedor profissional tem a missão de desenvolver a parte técnica de soluções mais avançadas. Por outro lado, enquanto esse profissional se ocupa do desenvolvimento de soluções que não precisam de codificação, o desenvolvedor ganha tempo e velocidade para desenvolver soluções mais complexas e que entregam resultados para a organização. 

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