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 Beta-i aposta na economia azul para transformar empresas globais

André Nunes, diretor da Beta-i Brasil e Renata Ramalhosa, CEO da Beta-i Brasil. Foto: divulgação.
André Nunes, diretor da Beta-i Brasil e Renata Ramalhosa, CEO da Beta-i Brasil. Foto: divulgação.

A Beta-i, empresa de inovação colaborativa com atuação em 25 países, tem apostado na riqueza contida nos oceanos com uso inteligente e sem prejuízo aos ecossistemas.

Grandes companhias globais têm se juntado a este movimento para um ambiente mais sustentável ao longo dos anos. O termo Economia Azul está relacionado com a exploração, preservação e regeneração do meio marinho. 

O primeiro programa europeu de inovação Bluetech Accelerator, foi organizado em 2019 pelo Ministério do Mar português, apoiado pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e gerido pela DGPM e a Beta-i.

A iniciativa conectou organizações corporativas do setor portuário e marítimo com startups para desenvolver projetos piloto que respondam aos desafios de inovação das corporações.

Os diferentes projetos abordaram desafios corporativos que o setor enfrenta, estando especificamente focados na redução da pegada de carbono, na diminuição dos custos portuários, e na melhoria da segurança e compartilhamento de dados.

A startup Bound4Blue, por exemplo, desenvolveu uma solução de vela dobrável baseada em um projeto aeronáutico.

Estima-se que ao instalar a tecnologia em uma embarcação haverá uma redução de 640 toneladas de combustível por ano, o que se traduz em uma diminuição de cerca de R$ 2 milhões, e representa uma redução de 2.034 toneladas de emissões de CO2 por ano, equivalente a 538 automóveis a diesel. 

O projeto Atlantic Smart Ports Blue Acceleration Network (AspBAN), coordenado pela Beta-i em coliderança com a instituição portuguesa de dinamização da economia do mar, Fórum Oceano, visa transformar os portos atlânticos da União Europeia e seus parceiros em hubs de inovação para o desenvolvimento de novos negócios azuis mais sustentável como logística inteligente, eficiência energética, inteligência artificial para controle marítimo, entre outras soluções.

“São 147 desafios de inovação concretos de 33 portos de Portugal, Espanha, França, Irlanda, Noruega, Rússia, Finlândia, Canadá, Colômbia e Mauritânia. Este lote de desafios está sendo agrupado para criar os 10 streams para o programa de aceleração de startups. Cerca de 50% dos portos na economia azul estão relacionados com a neutralidade carbónica, 32% com gestão do espaço marítimo e 8% com o investimento na natureza e biodiversidade”, explicou André Nunes, diretor da Beta-i Brasil

Da rede de parceiros estratégicos fazem 46 portos e 5 associações portuárias. Tendo em conta a representação formal destas entidades, o AspBAN explora uma potencial rede de 391 portos.

Com a implementação, estima-se que haja uma redução de 100 mil toneladas de emissões de CO2 nas operações dos portos decorrentes dos projetos a serem implementados.

ECONOMIA AZUL NO BRASIL

No final do ano passado, a Beta-i Brasil lançou o primeiro programa de inovação aberta multi-parceiros para a economia azul na América Latina. O litoral do Brasil tem 7.491 quilômetros de extensão, o que o torna o 16º maior litoral nacional do mundo. 

“Temos engajado várias entidades no Rio de Janeiro e São Paulo para participarem deste programa que visa contribuir para um cluster do mar que traga desenvolvimento sócio econômico para o Brasil”, destaca Renata Ramalhosa, CEO da Beta-i Brasil. 

Para ela, a empresa com a sua expertise na área, assim como do ecossistema global, trouxe soluções maduras a escala global para responderem a estes desafios:

“Queremos contribuir para este ecossistema no Brasil e trazer o governo, universidades, centros de P&D, investidores e o ecossistema de startups e empreendedores a trabalharem em conjunto para a economia azul”.

No ano em que a ONU celebra os oceanos e terá a sua conferência anual em Lisboa, fica evidente que este programa pode e deve ajudar muitos dos desafios que as indústrias brasileiras hoje têm na sua relação com o oceano. 

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Jornalista do ecossistema de startups

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