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Como o que era tendência em moradia está virando realidade no Brasil

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

O que era tendência em moradia está virando realidade no Brasil. Entre as opções, estão coliving, multifamily properties e living as a service, entre outros. Para saber quais caminhos a construção civil e os modos de conviver no espaço mais íntimo que habitamos, o Economia SP Drops conversou com Carlos Castro, CEO do apepê. Confira abaixo:

Quais são as tendências de moradia no Brasil?

Conseguimos enxergar claramente três grandes tendências de moradia no Brasil. A primeira é o coliving, quando duas ou mais pessoas compartilham a mesma residência, em um formato de locação. A segunda é a multifamily properties, no qual várias unidades residenciais independentes pertencentes a um único dono, formando um condomínio vertical ou horizontal, e colocado sob o formato de locação para usuários. A terceira é living as a service, talvez o mais importante, consiste em “assinatura de moradia”. O usuário não mais aluga um imovel, mas sim assina por ele, num valor que já há a inclusão da locação em si, IPTU, condomínio, luz, água, internet e demais serviços, como limpeza, lavanderia, entre outros.

Por que esses modelos estão crescendo?

O coliving já era uma realidade, mesmo que tímida, no Brasil, no formato das repúblicas. O que vem fazendo ele crescer, ao meu ver, é a aplicação da tecnologia neste processo, trazendo inovação e mais acessibilidade. O sistema multifamily já é uma realidade no Estados Unidos e Europa, muitas vezes sistemas até maiores do que os tradicionais. Era uma questão de tempo até chegar no Brasil. Já o living as a service é totalmente resultado da inovação dentro do mercado de locações. Literalmente é uma tendência de moradia que faz diferente e que melhor do que todos já fizeram ou estavam acostumados. Definitivamente é uma tendência forte, que veio para ficar. 

Quais fatores levaram a essa mudança?

Muita coisa mudou depois que a pandemia apareceu. Praticamente tudo foi digitalizado, uma vez que fomos obrigados a nos resguardar em casa. Isso inclui também uma nova cultura de moradia, voltada muitas vezes a trabalho híbrido. Juntamente com isso, o cenário macroeconômico brasileiro era favorável: baixa taxa de juros e inflação são receitas fundamentais para as inovações. Era natural que novidades apareceriam neste mercado.

Como esses novos formatos vão influenciar o setor?

Acho que quanto mais as pessoas forem tendo contato com estes novos formatos, mais e mais demanda surgirá. E, como consequência, o setor logicamente terá que se reinventar e apresentar soluções que resolvam estas novas demandas.

Como a forma de moradia impacta o dia-a-dia das pessoas?

Penso o contrário: é a nova rotina das pessoas que impacta em novas formas de moradia. Tudo mudou com a pandemia. Nossas vidas se resumem ao uso do celular e a falta de tempo. Nos últimos dois anos, houve uma aceleração insana na digitalização, uma vez que muitos fomos proibidos de sair de casa. Isso, para mim, é o futuro: tudo o que conseguir fazer da palma da minha mão, de onde estiver e da maneira mais simples possível.

Como a Apepê atua para encontrar essas novas formas de moradia?

O apepê é solução para essas novas formas de moradia. Pensar em tecnologia condominial sempre foi um problema no Brasil. Todos os condomínios possuem uma portaria, com um porteiro. Toda a comunicação com este porteiro sempre foi complexa e analógica. Ou usa-se um interfone do prédio, ou todo e qualquer controle é feito por um caderno de papel. Nunca houve um sistema que trouxesse praticidade e agilidade quando um morador chega em casa, mas pensado para ele, o morador. Mudar esta experiência de morar, conectando um morador com tudo e todos na palma da mão, criando comunidades e facilitando o dia a dia, foi a nossa inspiração.

Leia outras entrevistas do Economia SP Drops clicando aqui.

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