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Acolhimento materno no mercado de trabalho vira desafio além das campanhas

Crédito da foto: Israel Pinheiro/divulgação
Crédito da foto: Israel Pinheiro/divulgação

Trilhar a maternidade não é uma escolha fácil, ainda mais com os preconceitos que permeiam a sociedade e, principalmente, o universo corporativo.

É o que mostra uma pesquisa realizada pela Catho, site de classificados de empregos, que diz que 30% das mulheres deixam o mercado de trabalho para se dedicarem ao cuidado com os filhos, enquanto apenas 7% dos homens fazem o mesmo.

Da mesma forma, um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que 50% das mães não retornam aos seus postos de trabalho ao final do período de licença-maternidade.

Estes dados demonstram que, cada vez mais, é preciso manter um olhar atento e de acolhimento para as mães e famílias.

“Naturalmente, as mulheres lidam com uma sobrecarga invisível, porque as pessoas não se dão conta do tanto que elas fazem, seja nas rotinas de trabalho, do cuidado com a casa ou com os filhos”, aponta Carine Roos, CEO e fundadora da Newa, consultoria de diversidade, inclusão e saúde emocional para as organizações.

Para a especialista, mais do que intensificar as campanhas sobre acolhimento materno, as empresas precisam ampliar o seu olhar sobre políticas de inclusão, a fim de proporcionar ingressos e retornos dignos às colaboradoras:

“O mês das mães sempre reforça a ideia de valorização da figura materna. Mas, e fora das datas comemorativas, estamos de fato incluindo mulheres mães em nossas políticas internas empresariais?”

O caminho para a igualdade de gênero ainda é longo e passa pela construção de uma cultura organizacional que tenha como princípios o diálogo e a escuta sensível das necessidades de suas pessoas colaboradoras.

“Hoje algumas empresas já começaram a construir ambientes psicologicamente seguros para que mães tenham vez e voz dentro das organizações, e para que possam mostrar ao mundo que um filho não faz da mulher um ser menos profissional”, conclui.

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