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A era do Burnout: como não chegar no seu limite

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

Por Adriano Luiz Spanhol, sócio da Unimble.

Baseado nos resultados de uma pesquisa, a Organização Mundial de Saúde reconheceu a Síndrome de Burnout como doença ocupacional, visto que mais de 50% da população mundial sofre por sobrecarga no trabalho e cerca de 15% é afastada dos seus serviços pelo mesmo motivo.

No dia 1 de janeiro deste ano a OMS declarou Burnout como doença de trabalho, mas somente agora, no final do primeiro trimestre do ano, é que as empresas estão realmente se adaptando com políticas de prevenção e cuidados para os colaboradores.

Traduzido do inglês, “burn” que significa queima e “out” exterior, a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, é uma doença mental cuja principal causa é justamente o excesso de trabalho. 

Esta síndrome influencia diretamente na rotina e na qualidade de vida das pessoas e na produtividade das empresas. 

Os principais sintomas são:

  • Cansaço excessivo, físico e mental
  • Dor de cabeça frequente
  • Alterações no apetite
  • Insônia
  • Dores musculares
  • Negatividade constantes
  • Dificuldades de concentração
  • Alterações repentinas de humor
  • Sentimentos de fracasso e insegurança

Com a chegada da pandemia, as companhias foram obrigadas a buscar alternativas para continuar funcionando depois da onda de pedidos de demissão que houve por vários lugares, e muitas delas optaram pelo trabalho remoto, inclusive contratando profissionais em outras cidades ou até países.

A cultura tóxica das companhias, insegurança dentro da organização, excesso de pressão e falta de reconhecimento profissional são quatro grandes motivos para ocorrência da onda de pedidos de demissão. 

Diferença entre etresse, Burnout e depressão 

Segundo um artigo do site Telemedicina Morch, o estresse pode surgir, por exemplo, quando alguém precisa cumprir uma determinada meta na semana, mas quando essa carga extra chega ao fim a mente tende a relaxar e voltar ao seu ritmo comum. 

No caso do Burnout, o profissional permanece estressado e com a sensação de sobrecarga constantemente, inclusive nos momentos em que não é preciso manter a mente tão ativa. Normalmente, o gatilho desse estado mental sempre vem do trabalho, e é acompanhado pelo cansaço excessivo e pela sensação de culpa.

Já a depressão se diferencia porque a infelicidade e os sentimentos negativos estão associados a todas as questões da vida, e não apenas a um segmento dela, como é o caso do trabalho.

Como prevenir?

  • Descanse adequadamente com uma boa noite de sono por pelo menos 7h.
  • Se alimente bem.
  • Defina pequenos objetivos na vida pessoal e profissional.
  • Reduza cobranças, pois nem sempre é fácil, mas é importante que suas ambições não prejudiquem sua saúde ou bem-estar.
  • Participe de atividades de lazer com amigos e familiares.
  • Saia da rotina e experimente coisas novas para ganhar novas perspectivas.
  • Faça atividade física regular e os exercícios de relaxamento rotineiro.

O tratamento é feito com psicoterapia e apoio de medicamentos, ou seja, com acompanhamento psiquiátrico também para garantir uma harmonia e equilíbrio no funcionamento da neuroquímica do cérebro do paciente.

De acordo com a legislação vigente, portadores da Síndrome de Burnout têm direito à licença médica. Inclusive, em casos graves, ela pode gerar até mesmo aposentadoria por invalidez.

Por isso, é fundamental manter o equilíbrio entre o trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas.

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