Por Rafaela Frankenthal, co-fundadora e CEO da SafeSpace.
A agenda ESG têm sido cada vez mais debatida no mercado corporativo. Essas três letras representam pilares importantes para o desenvolvimento sustentável de empresas: meio ambiente, social e governança.
É por meio da união destes três fatores que as organizações vêm ganhando notoriedade e nas empresas tech isso não seria diferente.
De acordo com a segunda edição do estudo Sustentabilidade na Agenda das Lideranças da América Latina realizada pela SAP com 410 líderes regionais com altos executivos de médias e grandes empresas na Argentina, Brasil, Colômbia e México, 69% dos respondentes afirmam que já possuem uma estratégia de sustentabilidade, o que representa um crescimento de 46% em proporção ao registro do ano passado.
O levantamento ainda mostra que a tendência é de alta. Cerca de 30% dos entrevistados admitem ter acrescentado mais pilares relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU nos últimos 12 meses, enquanto 15% dizem ter conseguido colocar em prática iniciativas de sustentabilidade propostas no ano anterior.
O estudo aponta que 40% dos líderes também afirmam esperar aumentar os investimentos em sustentabilidade este ano em relação ao ano passado e 51% pretendem manter os esforços realizados.
No universo de empresas tech, a temática auxilia no avanço de diferentes frentes do negócio, seja na possibilidade de ampliar o escopo de produtos com a inserção e inclusão de grupos sub representados na equipe (frente social), seja na descarbonização dos escopos dos projetos e investimentos em ações socioambientais (frente de meio ambiente) ou no desenvolvimento de práticas éticas e transparentes (frente de governança).
Além disso, pode ser mais uma das formas de conseguir investimento dos investidores, tendo em vista a relevância do tema para sociedade.
A governança corporativa é o conjunto de processos, costumes, políticas, leis, regulamentos e instituições que regulam a maneira como uma empresa é dirigida, administrada ou controlada.
Ou seja, é por meio dela que a organização mantém a transparência com seus investidores, fornecedores e clientes.
Com o objetivo de prevenir a ocorrência de danos aos negócios, a gestão da governança não só mapeia possíveis riscos à empresa como também atua no desenvolvimento de processos de mitigação dos problemas existentes.
A adaptação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por exemplo, tem sido um grande desafio para as organizações. De acordo com a pesquisa da Capterra, apenas três em cada dez empresas estão adequadas à LGPD.
Ou seja, aquelas que desenvolvem a agenda ESG em sua cultura estão à frente de seus concorrentes; seja por uma antecipação na legislação, na prevenção de riscos ou na relação com as comunidades e com as pessoas colaboradoras.