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Investir em empreendedoras pode transformar a crise econômica

Foto: divulgação.

Por Andrezza Rodrigues, fundadora e CEO da HerMoney.

O desemprego é uma dura realidade que afeta as mulheres brasileiras de forma massiva. Em um cenário de crise, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a taxa de desemprego do país atingiu 11,1% no último trimestre do ano passado, e o desemprego entre as mulheres subiu a média nacional: enquanto para eles o desemprego foi estimado em 9%, para elas foi em 13,9%.

Mesmo que nos últimos meses o número de brasileiros e brasileiras ocupados tenha aumentado, as mulheres ainda, sim, passam por um processo mais lento e dificultoso para gerar renda. Quando falamos de mulheres negras, o desafio é dobrado. Ainda com base nos dados da Pnad Contínua, o Dieese divulgou o boletim especial em 8 de março, onde as mulheres desocupadas eram, respectivamente, 6,8 milhões e 7,4 milhões em 2019 e 2021. O número de desempregadas negras deu um salto de 4,4 milhões em 2019 para 7,3 milhões em 2021.

Os efeitos de uma sociedade estruturalmente machista, racista e patriarcal ainda resistem. No passado, existiam leis que impediam que as mulheres gerassem e gerissem recursos financeiros, artigo 6° do Código Civil de 1996. Se uma mulher fosse casada, ela seria, legalmente, vista como incapaz. Mesmo com as mudanças, que preveem a igualdade de direitos entre homens e mulheres, os vieses inconscientes continuam persistindo.

Por isso, o fomento ao empreendedorismo feminino, investimento em educação empreendedora, a orientação para gestão e o acesso a recursos como ferramentas digitais e crédito são essenciais para construir uma nova realidade de geração de renda

Afinal, com a crise em alta e as oportunidades em baixa, o empreendedorismo por necessidade é uma realidade cada vez mais presente no Brasil. Segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), principal pesquisa sobre empreendedorismo do mundo, realizada em parceria com o Sebrae, 55,5% das novas empresas criadas nesse período foram abertas por mulheres, um aumento expressivo na taxa de empresas nascentes.

Contudo, entre as empresas estabelecidas no mercado e os empreendimentos novos (com até 3,5 anos de operação), houve uma queda significativa com relação a 2019, de 62%, e 37%, respectivamente. Os obstáculos para manter esses negócios são explícitos, principalmente quando falamos em acesso a crédito. Quando conseguem obter, as mulheres empresárias pagam taxas de juros maiores do que os homens (34,6% frente a 31,1% a.a.), de acordo com a pesquisa Empreendedorismo Feminino no Brasil.

Soluções voltadas para o desenvolvimento de empresas lideradas por mulheres ganham cada vez mais importância. A HerMoney é uma dessas soluções, que usando tecnologia, criou uma assistente financeira virtual capaz de construir e controlar todas as informações financeiras das empresas, mostrando em tempo real para empresária um raio X financeiro, fluxo de caixa e todas as informações que ela precisar para tomar decisões no dia a dia do seu negócio. Tudo isso, sem exigir digitação, a assistente financeira HerMoney faz pela empreendedora o trabalho braçal de registrar cada movimentação financeira com a leitura de fotos e integração bancária.

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