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A cultura empreendedora nas universidades como porta para negócios mais saudáveis

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

Por Júlia Pavan, estudante de Química da UNESP e presidente executiva da Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo.

Sete das 10 melhores universidades da América Latina são brasileiras, de acordo com levantamento da Times Higher Education, um dos principais indicadores de educação superior do mundo.

Em segundo e terceiro lugar, respectivamente, encontra-se a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Campinas (Unicamp), as duas principais universidades brasileiras apostam em uma cultura empreendedora. 

O Brasil é o 7º país com mais pessoas empreendedoras, segundo a Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2021, lançada em março deste ano.

O número de empreendedores brasileiros com empresas com mais de 3,5 anos cresceu: são mais de 14 milhões de pessoas de 18 a 64 anos (9,9% da população adulta) que comandam um negócio do tipo no país. 

Em um país em que a população empreende tanto por necessidade quanto por desejo, a inovação e o empreendedorismo tem entrado, cada vez mais, na base de ensino das universidades brasileiras.

Fomentar a cultura empreendedora dentro da academia permite que as pessoas possam tomar melhores decisões e empreender com uma margem maior de sucesso.

Um estudo realizado pelo Sebrae Nacional mostra que os microempreendedores individuais (MEIs) são os que apresentam maior taxa de mortalidade em até cinco anos. A pesquisa Sobrevivência de Empresas indica que três em cada 10 MEIs fecham as portas antes dos cinco anos.

Além disso, o desenvolvimento de uma cultura empreendedora nas universidades também agrega para aquelas pessoas que desejam adentrar no mundo corporativo.

O conceito de intraempreendedores permite compreender que é possível ter a responsabilidade pela criação de inovações dentro de uma organização.

Um dos primeiros passos para entrada no mercado de trabalho tem sido a participação em empresas júnior.

Um jovem que participa do Movimento Empresa Júnior (MEJ) pode entrar até quatro vezes mais rápido no mercado de trabalho quando comparado com os outros, de acordo com a Pesquisa de Mensuração de Impacto do MEJ realizada durante o ano de 2021 e publicada em outubro do mesmo ano. 

Os aprendizados, o desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora e de habilidades técnicas e comportamentais são alguns dos diferenciais apresentados por aquelas pessoas que passam por uma empresa júnior.

No estado de São Paulo são mais de 180 empresas juniores, mais de 4.000 empresários juniores e mais de 4.000 soluções entregues pela FEJESP em 2020. 

O empreendedorismo está diretamente ligado à capacidade e criatividade de encontrar uma solução ao identificar um problema.

Uma universidade que promove um ensino voltado para cultura empreendedora precisa tangibilizar não só a teoria como também a prática, por meio de mecanismos como apoio à inovação, facilitação da formação e do crescimento de empresas e/ou a extensão de pesquisas.

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