Disponível no mercado há 13 anos, o WhatsApp mudou a forma de comunicar dos brasileiros. Não à toa, o aplicativo de mensagens é indicado como o mais acessado no Brasil e está instalado em 99% dos smartphones, segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box.
Atento ao cenário, o empreendedor alemão Jan Krutzinna fundou a ChatClass, startup que visa revolucionar a educação de forma interativa via chat pelo WhatsApp e Instagram.
A partir de recursos de machine learning, ramo da Inteligência Artificial e da ciência da computação que apresenta dados e algoritmos para imitar a maneira como os humanos se comportam, a edtech oferece a possibilidade para empresas, instituições de ensino e professores de inglês autônomos criarem seus cursos e treinamentos na plataforma de forma rápida, selecionando umas das atividades prontas ou por meio do preenchimento de formulários, sem necessitar de experiência em desenvolvimento de softwares.
Os cursos e atividades, são distribuídos de maneira automatizada nos aplicativos do colaborador/aluno, funcionando como um robô que se comunica via áudio e texto, com perguntas de diversos formatos, organizadas em pílulas de conhecimento com correções automáticas.
“É uma conversa robotizada, mas sem perder o sentimento de interação humana, devolvendo novas tarefas para o aluno e feedbacks sobre o aprendizado”, explica o empresário.
Ele lembra que muitas empresas e instituições de ensino utilizam o WhatsApp para aproximar o relacionamento com os alunos e colaboradores e, ao apresentar os cursos pelo mesmo canal, há mais engajamento e aproveitamento do conteúdo:
“Quando cheguei ao Brasil percebi um ensino de inglês silencioso, com pouca conversação. Nosso robozinho viabiliza essa oportunidade de prática da fala em frases completas, com conversas naturais”.
Para o ensino do idioma, a empresa já tem disponíveis cursos de inglês para todos os níveis de aprendizagem com mais de 2 mil exercícios prontos em sua plataforma.
Até agora, a edtech impactou mais de 500 mil estudantes brasileiros com sua solução e atendeu grandes empresas, como Stone, McDonald’s, Grupo Fleury e BASF.
Recentemente, a startup ganhou a premiação no Learning Engineering Tools Competition, disputa global que selecionou os mais promissores projetos e plataformas de transformação da educação e esteve entre as 30 vencedoras, recebendo o valor de R$ 1,3 milhão para o desenvolvimento e aprimoramento da capacidade da sua ferramenta.
Em franco crescimento, a startuptem como perspectiva crescer 40% o faturamento este ano, contra os R$ 3 milhões do ano anterior.