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Economista dá dicas para organizar finanças pessoais e evitar erro comum

Sofía Gancedo 1 (1) (1) (1) (1)

Poucas experiências foram tão transformadoras para a humanidade quanto a pandemia do coronavírus. O impacto foi, e está sendo, registrado em várias áreas da vida da população mundial. Entre elas, o financeiro.

Para muitos, foi uma espécie de economia forçada, mas à medida que o processo global de vacinação avança e a economia começa a se recuperar, é provável que o gastos também voltem a aumentar. Para Sofía Gancedo, economista e fundadora da Bricksave, existe uma lição: é preciso economizar.

“É necessário pensar o que estamos fazendo com o nosso dinheiro e o que queremos fazer, no que se refere ao pagamento de dívidas, poupança e investimento”, afirma

Segundo ela, a tecnologia pode ser usada a favor do planejamento. Mas a praticidade proporcionada pela tecnologia não caminha sozinha, para que se alcance a sonhada rentabilidade.

É preciso que o investidor descubra as necessidades, defina metas e planeje o futuro, com organização. Sofía estabelece algumas estratégias para que o resultado possa ser alcançado mais facilmente.

1- Defina suas metas financeiras e crie um orçamento

Ela ressalta que o primeiro passo é escrever (para que esteja à mão, caso as dúvidas apareçam) as metas do mês, do ano, e as que estão no longo prazo.

“Os planos podem ser a recuperação das finanças, ter um emprego extra para complementar a renda, empreender ou investir. Que tal definir onde você quer estar em cinco anos?”, propõe a especialista.

Com a meta definida, é necessário conhecer os gastos mensais, ou seja, montar um orçamento. Há, inclusive, planilhas gratuitas encontradas facilmente na internet que podem ser usadas para este fim.

É preciso apenas agrupar as despesas fixas em categorias, como aluguel, prestação da casa, do carro, alimentação, remédios, educação, entre outros. O entretenimento e as dívidas não podem ser esquecidos.

O segundo passo é colocar na planilha a classe “extras ou imprevistos”.  E não esqueça, a planilha tem que contemplar os doze meses do ano.

Com tudo isso registrado, será mais fácil saber quais gastos são exagerados, por exemplo. A pessoa terá uma radiografia do que faz com a vida financeira e o que pode ser melhorado.

Os cortes, claro, precisam ser feitos. A pergunta é: preciso disso? Se a resposta for não, mãos à obra.

2 – Crie metas para poupar

O próximo passo é economizar. A reserva é imprescindível no caso da perda de emprego ou de outras rendas.

“Poupar não é o que sobra do salário. Muitas vezes é preciso fazer sacrifícios”, ressalta Sofía.

O indicado é economizar o equivalente a um ano do salário.  A ideia é começar pequeno e aumentar a meta à medida que suas circunstâncias evoluem. O importante é adquirir o hábito de poupar.

3 – Invista no que você está disposto a perder

E logo vem a principal dúvida: onde e como investir? É preciso levar em conta a taxa de juros, que está alta no Brasil, e decidir se vale a pena manter o dinheiro no banco ou investir os recursos.

O importante, diz Sofía, é investigar se a destinação está correta ou se o investidor está se deixando levar pela promessa da alta rentabilidade. Se for correr riscos, que seja com uma quantia excedente do colchão de segurança.

“Invista em ativos que você realmente conheça e com uma quantia que esteja disposto a perder. Não corra riscos com o dinheiro que você precisa”, recomenda.

O que é novo sempre chama a atenção dos investidores, como as criptomoedas. Mas muitos não conhecem essa opção e podem ter prejuízo, principalmente se seguirem as recomendações encontradas nas redes sociais, com fontes nem sempre qualificadas. Quanto maior o retorno, mais risco.

A outra recomendação é diversificar aos poucos os investimentos, para evitar uma perda total quando um ativo entra em colapso.

Erro 

Eis aqui uma prática que se repete, que pode, sem exagero, ser chamada de armadilha psicológica.

“O erro mais comum que vejo é não saber o que realmente é um empréstimo”, diz Gancedo.

Muitos consumidores usem o cartão de crédito como uma espécie de empréstimo, mas os juros são estratosféricos e precisam ser pagos. E, quanto mais o tempo passa, mais a dívida cresce.

“Não importa se você pode pagar a parcela mensal de um carro novo. Contudo, se ao final do financiamento o custo total for três vezes o valor do veículo, não vale a pena. Esse é um exercício de educação financeira elementar que, muitas vezes, esquecemos de fazer”, alerta Sofía.

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