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Taranis, de monitoramento de precisão, capta US$ 40 milhões

Fábio Franco, gerente geral Brasil da Taranis. Foto: divulgação.
Fábio Franco, gerente geral Brasil da Taranis. Foto: divulgação.

Focada em soluções para monitoramento de precisão para a agricultura global, a Taranis, sediada no Estados Unidos e com escritório em Campinas/SP, captou US$ 40 milhões em uma rodada de investimento de série D.

A ação foi liderada pela Inven Capital, um fundo europeu focado em tecnologia climática. Esta última rodada eleva o financiamento total da empresa para US$ 100 milhões.

De acordo com Bar Veinstein, CEO da Taranis, o aporte representa muitas oportunidades e permitirá à empresa acelerar seu plano de crescimento de três anos entregando inteligência de colheita para o agronegócio global e em particular, o Brasil:

“Este país é o segundo maior mercado para nós e pretendemos aumentar o nosso investimento para expandir as operações locais e fornecer insights para proteger milhões de hectares de plantações”.

A empresa tem uma plataforma digital com inteligência artificial, focada em ajudar os produtores, distribuidores e consultores agrícolas a tomarem decisões mais assertivas.

A ferramenta utiliza imagens de nível foliar que são analisadas por machine learning de última geração, e que é alimentada pela maior biblioteca de imagens de campo de alta resolução, contendo mais de 200 milhões de pontos de dados de IA. Deste total, o mercado brasileiro representa entre 10% e 15%.

Presente no Brasil desde 2017, desenvolvendo todas as tecnologias necessárias para suportar o monitoramento de alta precisão, o principal foco da empresa é a cultura de cana-de-açúcar com atuação junto às grandes usinas, principalmente da região Sudeste e Centro Oeste do país.

Anualmente já monitora cerca de 300 mil hectares, entretanto, o objetivo é passar a marca dos 600 mil ha até o final de 2023.

De acordo com Fábio Franco, gerente geral Brasil da Taranis, o mercado nacional hoje representa a maior oportunidade agrícola no fornecimento de alimentos para o mundo e a geração de energia limpa através principalmente do segmento sucroalcooleiro:

“Esses fatores refletem diretamente no potencial gigantesco do país, por isso, o nosso foco está na ampliação e atendimento de demandas para o mercado”.

Juntamente a essa estratégia de crescimento, a companhia tem uma linha de atuação em desenvolvimento com mais de 100 revendedores e distribuidores.

Para Lucas Geraldini, diretor de marketing e customer success, este é um mercado em consolidação no Brasil com grandes players montando cadeias nacionais de distribuição e a visão da empresa é fazer com que esse mercado cada vez mais se assemelhe ao modelo de distribuição americano em alguns aspectos:

“Isso vai ser um incentivo para nos desenvolvermos nos próximos anos nessa linha de negócio também. E será interessante, pois enquanto o nosso produto avança para esse tipo de cliente nos EUA os clientes brasileiros acabam sendo beneficiados por um produto cada vez mais pronto e avançado para esse mercado”.

MERCADO DE CARBONO

Com o novo aporte, a empresa passa também a se dedicar ainda mais ao mercado de créditos de carbono agrícola, ou seja, ao desenvolvimento de tecnologias em larga escala para melhorar a sustentabilidade e a prosperidade das operações.

A ideia da empresa é disponibilizar uma ferramenta de medição, reporte e verificação (MRV) de crédito de carbono, que deve estar no mercado até 2023.

Atualmente, uma das maiores dificuldades desse processo está justamente no alto custo de medir e reportar esses créditos.

“Há uma demanda no mercado agrícola hoje, não é algo fácil de ser feito, mas estamos investindo no desenvolvimento de uma ferramenta de MRV e vamos disponibilizar isso aos nossos parceiros, agricultores, distribuidores em um futuro próximo”, conclui o diretor de marketing.

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