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Brasil ocupa o 4º lugar no volume de ataques virtuais, aponta estudo

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Foto: DaviD/AdobeStock

A pandemia trouxe inúmeras mudanças para as empresas. Entre perdas e ganhos, como a expansão do trabalho remoto, o aumento do uso da tecnologia também abriu espaço para ação crescente dos hackers no mundo corporativo.

De acordo com o último levantamento da companhia israelense CheckPoint, o segundo trimestre de 2022 apresentou um aumento histórico dos ataques cibernéticos globais. O crescimento foi de 32% em comparação com o segundo trimestre de 2021.

Já o Brasil apresentou um crescimento acima da média, em torno de 46%. Dados da Trend Micro, empresa global especializada em cibersegurança, apontam que o país ocupa o quarto lugar no mundo em volume de ataques virtuais, atrás somente dos EUA, Rússia e Japão.

Os ciberataques são crimes que podem afetar tanto as empresas quanto os seus colaboradores e clientes, uma vez que essas ocorrências podem resultar em sequestro e exposição de dados. Geralmente, as invasões de sistemas são feitas por meio de softwares nocivos, chamados ransomwares.

“São programas utilizados pelos criminosos para bloquear as informações, impedido as empresas de acessá-las. Para reaver os seus dados, as companhias podem ser chantageadas e constrangidas a pagar pelo ‘resgate’, da mesma forma que ocorre no sequestro de pessoas”, explica Kamila Souza, superintendente da Área Técnica e Novos Negócios da corretora Finlândia.

Com a sofisticação cada vez maior dos hackers, o mundo corporativo tem recorrido a medidas adicionais para evitar prejuízos, como a contratação de um Seguro Cyber. A modalidade representa uma tendência entre as empresas brasileiras.

“O segmento é um dos que mais cresceu em 2021 no país, em empresas de todos os portes e de diversos setores de atuação”, cita.

Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostram que a carteira de Seguro Cyber apresentou um crescimento exponencial de janeiro a agosto de 2022, fechando o período com mais de R$ 110 milhões em prêmios emitidos.

Isso representa um aumento de mais de 73% em relação ao mesmo período de 2021, quando foi registrado o valor de cerca R$ 63 milhões. Segundo a instituição, esse modelo atingiu 173,7% de crescimento em 2021.

A especialista esclarece que esse crescimento se deve ao fato dos crimes cibernéticos gerarem prejuízos em cascata, que extrapolam perdas financeiras, podendo comprometer também a imagem de uma marca.

“Uma indústria de alimentos automatizada, por exemplo, pode sofrer um ataque no seu sistema de produção, comprometendo a qualidade dos produtos e colocando em risco a saúde dos consumidores”, diz. 

Kamilla explica ainda que a procura vem aumentando principalmente entre médias e grandes empresas, embora seja um produto disponível e cada vez mais necessário para as pequenas também.

“Não existe uma tecnologia ou solução capaz de oferecer uma garantia de 100% contra todos os riscos cibernéticos. E não é o setor ou o porte da empresa que define sua vulnerabilidade a crimes digitais. Hoje, a equação ‘tecnologia + reserva financeira ou giro de capital + seguro’ se mostra vital para qualquer empresa”, afirma.

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