A tecnologia nunca foi tão requisitada como nos dois últimos anos. Segundo um estudo da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), a demanda por profissionais no Brasil deve chegar a 797 mil vagas até 2025.
No país, o setor é conhecido por ter mais oportunidades do que candidatos preparados. Essa carência modificou a forma como os candidatos são selecionados.
Segundo o levantamento da GeekHunter, o número de empresas de TI que buscam por profissionais com pouca experiência cresceu mais de 170% no ano passado.
Neste sentido, instituições de ensino vêm abrindo, cada vez mais, o leque de formações, como é o caso da Ultima School, plataforma de cursos voltados para tecnologia.
“Não é obrigatório ter formação universitária para atuar na área, mas é fundamental comprovar o conhecimento nas ferramentas mais populares, com as linguagens, em como transformar dados em modelos de aprendizagem, ou dados em informação, e até mesmo como tratar tudo isso. Para esses casos, cursos já são o suficiente e com duração menor que uma faculdade”, explica Ana Paula Holanda, mentora de carreiras da Ultima School.
Milton Ossamu, cientista de dados e professor da Ultima School, vai além e pontua que no futuro todos os profissionais precisarão saber um pouco de tecnologia, e por isso continuar estudando e se especializando é fundamental.
“Daqui há alguns anos, praticamente todas as profissões terão um rumo tecnológico, ou seja, os profissionais terão que se adaptar e adquirir conhecimento, senão, ficarão defasados em suas áreas. E para se capacitar, é preciso três coisas: dedicação nos estudos; conteúdo de qualidade; e professores qualificados, com experiência prática. Nós oferecemos os dois últimos, por exemplo, mas eu sempre converso com meus alunos que sem o empenho deles nada flui”, comenta.
De acordo com a escola, os três cargos que mais devem ter vagas abertas são gerentes generalistas ou heads de TI; profissionais de infraestrutura, como analistas seniores, coordenadores e gerentes; e profissionais de segurança da informação, de especialistas a gerentes.
“Há alguns anos era óbvio que um desenvolvedor de software teria como principais alvos empresas como IBM, Google, TOTVS, Microsoft e outras companhias “tradicionais” de tecnologia. Mas hoje esse mesmo profissional é buscado por empresas e startups do setor de varejo, saúde, bancário, industrial, alimentício, entre muitos outros”, finaliza Ana Paula Holanda.