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PMEs crescem 1,1% em setembro, destaca estudo

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Foto: wutzkoh / AdobeStock

O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) apresentou crescimento de 1,1% em setembro de deste ano nas atividades financeiras das PMEs, na comparação com o mesmo mês de 2021. Já na análise direta com agosto, o índice recuou 3,9%.

O período foi marcado pelo bom desempenho do setor industrial, com +12,9% frente a setembro de 2021, e do comércio, com +3,8% de crescimento. O estudo indica ainda a queda das movimentações financeiras nos setores Agropecuário, -14,8%, serviços, -2,7%, e Infraestrutura, -2,%.

“O crescimento da movimentação financeira das PMEs do setor industrial nos últimos meses é sustentado pela retomada da demanda doméstica e pelo aumento da competitividade de alguns segmentos, em relação à similares importados. Tal movimento reflete a desvalorização do real frente ao dólar, quanto à complexidade trazida pela pandemia no abastecimento de algumas cadeias produtivas – fatores que abrem mercado para a operação de indústrias de pequeno e médio porte especialmente”, explica Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie.

Eventos sazonais devem aquecer fim de ano

Além do desaquecimento no mercado no terceiro trimestre, com apenas de 2,2% de avanço, o funcionamento de diversos segmentos deve ser afetado no final do ano pela Copa do Mundo.

Segundo o estudo, os setores mais afetados devem ser as atividades de serviços voltados para empresas B2B e indústrias. O que pode impactar o comportamento do IODE-PMEs como um todo no final do ano.

A Copa do Mundo também deve estimular mercados específicos do varejo, como eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo, além de toda a cadeia de comércio e serviços alimentícios e bebidas.

“Além da Copa do Mundo desviar a atenção dos consumidores, o elevado repasse de custos nos preços de bens finais, no decorrer do ano, e os níveis mais altos das taxas de juros devem restringir as vendas de diversos segmentos do Varejo, a curto prazo”, ressalta.

Em linhas gerais, os empreendedores devem enfrentar um cenário econômico desafiador, com incertezas internas e externas. Cada vez mais ficarão evidentes no desempenho da atividade econômica os efeitos da subida de juros promovida pelo Banco Central ao longo deste ano.

“Altas taxas de juros encarecem a tomada de crédito, prejudicando a evolução do consumo, além dos investimentos na economia real. O empreendedor também vive com as incertezas da política econômica, assim como olhar com atenção para a delicada situação fiscal do país. Esses serão fatores fundamentais para a melhora dos negócios no Brasil”, reforça.

Ainda há espaço para que as PMEs brasileiras sigam em crescimento no próximo ano. A pequena queda na inflação no país e o ritmo de recuperação do mercado de trabalho são fatores fundamentais para sustentar o crescimento do consumo das famílias.

“Vale ressaltar que a redução da inflação deverá abrir espaço para reversão da trajetória das taxas de juros no segundo semestre de 2023 e, consequentemente, favorecer o acesso ao crédito. Com isso, os micros e pequenos empreendedores tendem a manter o crescimento dos negócios, ainda que inseridos em um contexto macroeconômico bastante complexo e repleto de incertezas”, finaliza.

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