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5 motivos para implementar gamificação nas empresas

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

Por Danilo Parise, CEO e co-fundador da Ludos Pro.

A falta de investimento  em treinamento corporativo pode estagnar ou até mesmo prejudicar a empresa, ainda mais em um cenário cada vez mais competitivo pela inovação tecnológica. Só que empresários têm investido fortunas para qualificar seus funcionários, e os resultados muitas vezes se mostram ineficazes. Os colaboradores, em poucos dias, voltam ao esquema SFA, “sempre foi assim”. Porém, a própria tecnologia está revolucionando o setor de educação corporativa, e uma estratégia inovadora chamada gamificação tem gerado clientes e colaboradores engajados, promovendo resultados incríveis e, inclusive, ajudando na redução de custos em diversos setores.

Nos acostumamos com treinamentos entediantes e que no fim do dia desperdiçam tempo valioso do funcionário e não melhoram o desempenho da empresa, pois são mal implementados. O tradicional formato de sala de aula, com professor, lousa e apostila faz dos alunos meros coadjuvantes, o que é muito pouco produtivo. O conteúdo é hoje uma mercadoria disputadíssima, e atrair a atenção do público tem sido um desafio cada vez maior, sobretudo para as novas gerações, bombardeadas com tanta informação volátil da internet.

Nesse contexto, está claro que esses treinamentos se tornaram obsoletos. E uma das soluções mais inovadoras e efetivas está numa estratégia que vai transformar o colaborador em protagonista, trazendo para o ambiente corporativo o design e o universo divertido dos games: É a gamificação, que promove uma competição saudável, gerando um ambiente descontraído e, principalmente, retendo melhor os conteúdos e melhorando o desempenho de cada um.

Trabalhar com pontuações e recompensas, por exemplo, faz o colaborador buscar superar suas expectativas e produzir mais. Com um app ou uma plataforma gamificada, ele vai conquistar pontos e premiações a cada nova tarefa. Em vez de uma apostila e uma prova com 30 questões, ele pode aprender sobre um novo processo através de um “jogo” que conta a história e os valores da empresa. Esse jogo pode ter quizzes, missões em equipe e até mesmo aproveitar tecnologias como realidade aumentada e o metaverso.

Não bastasse ser uma forma mais efetiva de reter o conhecimento, a gamificação reduz custos das empresas de várias formas. Vamos a algumas dela:

1- Feedbacks: A evolução e o desempenho dos participantes são medidas em tempo real, de acordo com as ações realizadas pelo colaborador, sejam por meio de pontos, nível de habilidade e outras ações realizadas pelo colaborador, tudo de forma lúdica. São dados relevantes para os gestores e para o RH, que podem acompanhar a absorção do conhecimento ou nível de engajamento.

2- Saúde mental: Plataformas que promovem a saúde do colaborador, por exemplo, tornam as pessoas mais saudáveis, tanto físico como psicologicamente, evitando faltas, licenças médicas e gastos com planos de saúde. Missões com objetivos ESG, de governança ambiental, social e corporativa, promovem uma agenda sustentável, reduzem o desperdício e ainda fazem bem para o meio ambiente, trazendo uma imagem positiva para a empresa.

O Google traz um caso de gamificação nesse sentido. A gigante da tecnologia criou um jogo baseado nas despesas de viagem dos colaboradores. A motivação é que cada centavo economizado é pago de volta no salário ou em créditos para doação à caridade. Ou seja, cada funcionário se torna gestor dos recursos. 

3- Marketing orgânico: Os jogos engajam colaboradores e clientes a fazerem publicidade para a marca e esses resultados podem ser divulgados nas redes sociais. Por fim, a gamificação através de programa de pontos, como dotz, stix e até de postos de gasolina e cias aéreas gera fidelização, que se traduz em receita para a empresa. Mais da metade dos brasileiros faz parte de algum programa de fidelidade, e não aproveitar essa estratégia é ficar para trás.

4- Satisfação dos colaboradores: Com equipes mais felizes e motivadas a cumprir os próximos objetivos, a produtividade aumenta e ainda retém os novos talentos. Sempre é bom lembrar que as novas gerações ficam cada vez menos tempo nos seus empregos. Essa tendência tem até nome, “A Grande Demissão”, ou em inglês “Big Quit”, que é quando funcionários voluntariamente se demitem de seus empregos. E buscar novos profissionais no mercado, realizar processo seletivo e depois treinar os novos contratados é sempre muito oneroso.

5- Facilitar o processo de onboarding dos novos funcionários: Por meio da gamificação, as instruções sobre cultura, rotina e dinâmicas corporativas farão muito mais sentido. E já existem startups especializadas nesse setor no Brasil, que podem promover essa revolução na sua empresa. São as chamadas edtechs. Elas trabalham com o desenvolvimento e aplicação da tecnologia na aprendizagem, aproveitando o melhor dos avanços tecnológicos nos processos de ensino.

Está claro que estratégias de gamificação motivam funcionários, geram um ambiente agradável ao mesmo tempo que podem gerar mais resultados e economia para empresa. Está aí um investimento em treinamento corporativo, e as edtechs estão fazendo cada vez mais empresas inovarem e prosperarem. 

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