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Como as marcas vão direcionar suas estratégias de comunicação no próximo ano

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Foto: divulgação.

Por Luís de Magalhães, sócio e head de PR da MOTIM.

O universo da comunicação nunca foi tão dinâmico. Sem dúvidas, a pandemia foi um ponto de inflexão para as agências. Algumas aceleraram processos que já vinham sendo implementados, como o trabalho remoto. Outras, tiveram que se adaptar a uma realidade totalmente nova com processos de gestão de pessoas. De todo jeito, o mercado do marketing teve que mudar como um todo.

Além disso, as demandas dos clientes, tanto B2C quanto B2B, são outras. Em um segmento com tantas mudanças bruscas num curto espaço de tempo, a busca pela inovação tem sido apenas um de muitos desafios que as agências têm enfrentado nos últimos anos. 

Neste cenário, como as outras agências estão se organizando? No que marcas como McDonald’s, Magalu, TikTok têm direcionado seus esforços? A temática foi debatida no RD Summit, que aconteceu na última semana em Florianópolis, e trago aqui alguns insights que podem ser relevantes para o marketing em 2023, confira abaixo.

1 – O poder de uma história bem contada

As pessoas se esquecerão do que você fez ou disse, mas jamais de como você as fez sentir. Assim, não é novidade que o storytelling seja relevante para as empresas se comunicarem bem. Porém, a maneira como essa história é contada terá que ser muito bem trabalhada. De acordo com uma pesquisa realizada pela OneSpot, 92% dos consumidores querem que anúncios contem uma história. Entretanto, só contar uma história não será o suficiente para engajar o consumidor. O posicionamento da marca dentro da narrativa a ser contada precisará unir propósito e autenticidade. Uma história mal contada será mais nociva do que não contar história alguma. 

2 – Sem Branding não há Performance e vice-versa

Duas das frentes mais importantes do marketing precisam falar a mesma língua. Sempre. Isso significa fazer campanhas que convertam, mas que comuniquem as mensagens-chave certas para o público certo. A narrativa do branding precisa ser a melhor amiga do budget de performance. Sem isso, não existe estratégia que se sustente. O entendimento de projetos 360º, comunicação integrada ou qualquer outro nome que as agências usam para atrair clientes precisa ser mais do que uma definição. Elas precisam acontecer na prática. Se o branding é feito por uma agência diferente da performance, essas duas precisam conversar periodicamente.

3- Não há limite para o branded content 

Conteúdos patrocinados já estão em outro patamar. As marcas evoluíram de publieditoriais para a produção de séries em streaming, documentários e músicas autorais de artistas renomados. Isso já é uma realidade nas grandes marcas globais, e deverá ser uma tendência para o mercado brasileiro. Segundo pesquisa conduzida pelo Hootsuite, 42,7% dos usuários de internet usam algum serviço de adblock para evitar anúncios inconvenientes. No Brasil, o número chega a 40,7%. Esse cenário reforça a necessidade criativa de pensar fora da caixa para alcançar o público de uma maneira que não só engaje com a marca, mas que se comunique de maneira eficiente.   

4 – A experiência para o cliente

A reputação será a nova moeda para as marcas. Cada vez mais as empresas se posicionam como “consumer-centric”, ou seja, que colocam os consumidores no centro de suas ações. Porém, quantas realmente o fazem? Tendo isso em vista, o investimento em uma experiência agradável para o cliente será indispensável. Vale lembrar que tal experiência vai além do atendimento em si, ou seja, terá que ser proativa. Para que isso aconteça, voltar à página 1 e entender o que realmente o cliente busca será essencial. Como tudo no marketing, as estratégias de experiência para o cliente terão que ser mensuradas, sendo a análise de dados indispensável para estratégias que tenham efeito. Pesquisas de satisfação, como NPS, não poderão deixar de ser feitas e seus resultados debatidos. 

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