Por Fausto Reichert, Chief Revenue Officer (CRO) da PipeRun.
No Brasil, o WhatsApp é líder incontestável nos mercados de comunicação social e de empresas com seus clientes, mas o que ela quer, na prática, é substituir o uso dos e-mails. Ninguém tinha notado, até que o conceito de Click to WhatsApp (C2WA) passasse a fazer parte do dia a dia dos marqueteiros de plantão.
As equipes de marketing das empresas passaram, há algum tempo, a fazer uso de campanhas de mídia paga no Facebook ADS, junto ao canal de conversação. Já faz alguns anos que a Meta adicionou a opção de botão do WhatsApp em substituição dos formulários a serem preenchidos pelos leads, criando o conceito “Clique to WhatApp” ou, simplesmente, “C2WA”, no qual o anunciante passa a ter uma conexão direta da mídia paga com um canal de conversação com o consumidor.
Para facilitar o uso deste novo formato de mídia paga (ADS) e do canal WhatsApp, a Meta tem facilitado a vida dos anunciantes. O pagamento pelo “clique da mídia”, com o botão C2WA, monetiza o anúncio no momento da abertura do canal de comunicação via WhatsApp. Assim, ele facilita o uso concomitante de ambas as ferramentas da mesma empresa. Este novo formato de mídia paga tem substituído de cara os formulários de leads ou das landing pages (páginas de capturas), pois o consumidor vai do anúncio nas redes sociais diretamente para um canal de conversação com as empresas, encurtando o caminho.
Da mesma forma, tendo contato direto com o consumidor, automaticamente a empresa já recebe o número do telefone, o nome com o qual este consumidor se identifica em seu WhatsApp, assim como também a devida autorização da LGPD para comunicação direta. Isso reduz drasticamente o tempo e a disponibilidade de acesso das empresas perante seus consumidores.
O WhatsApp ganha muito “valor agregado”, pois é o maior canal de comunicação social. Ele se beneficia da monetização de mídia paga, substitui o uso de formulários e elimina o uso das landing pages, mas vai além. Com a redução dos atritos de comunicação, só faltava mesmo eliminar as comunicações por e-mail marketing. E essa é a sua nova obsessão.
Com a mesma visão de massificação do uso de mensagens devidamente aprovadas pelo WhatsApp, a Meta está oferecendo, há algum tempo, um benefício adicional de 1.000 mensagens de abertura de conversa. Elas são gratuitas para as empresas que adotam o modelo de aquisição recorrente de mensagens, ou seja, ao comprar o crédito mensal de novas mensagens oficiais (HSM) as companhias recebem adicionalmente um bônus quantitativo de mensagens.
Para além da comunicação, as ferramentas de atendimento como o “PipeRun Atendimento”, criado a partir da aquisição da startup 5Hub se consolida com a integração do WhatsApp, faz com que cada atendimento seja transformado em um único protocolo, rastreável e com a guarda legal de seus históricos, contendo pesquisa de satisfação. Ao consolidar vários canais de comunicação, ele atende por completo a nova legislação do SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor, publicada em setembro de 2022.
Com essa visão, além de algoritmos de inteligência artificial, monitoramento constante e alta segurança na comunicação, que evita o spam, o WhatsApp passa a ser a principal ferramenta de vendas e mídia das empresas. Ele já está eliminando uma parte considerável no uso do email marketing para atingir, persuadir ou monetizar consumidores. Além disso, ele atua na retenção dos mesmos após se tornarem clientes, pois o WhatsApp passa a ser efetivamente o melhor ou, no mínimo, o canal preferencial na comunicação das empresas e seus clientes.