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Igualdade racial no trabalho precisa ir além das campanhas do Dia da Consciência Negra

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Foto: divulgação.

No dia 20 de novembro é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra e, com ele, as campanhas que reforçam a necessidade de inclusão das pessoas negras ganham força.

De olho nesse cenário, Carine Roos, CEO e fundadora da Newa, empresa de consultoria em diversidade, inclusão e saúde emocional para as organizações, aponta que é preciso desenvolver ações mais assertivas de combate à discriminação racial.

Dados da pesquisa Racismo no Brasil, realizada pelo Instituto Locomotiva, apontam que 52% dos profissionais negros entrevistados já sofreram algum tipo de discriminação no trabalho.

“Com dados tão imponentes, é importante olhar para as lideranças compassivas e fazer com que elas sejam mais sensíveis às questões de seus colaboradores, que estejam genuinamente preocupadas com o bem-estar e ainda busquem, de alguma forma, apoiar e agir para reduzir o sofrimento desse colaborador”, afirma.

Para a executiva, é fundamental que as empresas promovam, além de campanhas em datas pontuais, ações que garantam, verdadeiramente, a inclusão destes profissionais no mercado de trabalho.

“As organizações precisam puxar essa responsabilidade do cuidado para si e promover ações, workshops e capacitações que eduquem seus colaboradores sobre o racismo estrutural e institucional dentro das organizaçõesa, buscando trabalhar os seus preconceitos e estigmas para construírem um pensamento crítico antirracista e decolonial”, argumenta. 

No contexto de cargos de liderança, essa realidade não é muito diferente, tendo em vista que as empresas possuem executivos majoritariamente brancos.

“As organizações precisam olhar para as suas estruturas internas e buscar efetivamente desenvolver políticas e processos para o aumento da justiça racial. Isso começa pelo básico, fazendo com que as lideranças ouçam seus colaboradores negros e identifiquem suas principais dores e necessidades dentro da organização. É só a partir disso que será possível olhar para a criação de políticas, processos e ações com monitoramento, que tenham o objetivo real de promover a inclusão efetiva destes profissionais”, conclui.

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