Apesar do cenário de incerteza global que aumentou a volatilidade nos mercados, o número de investidores pessoa física com ativos em renda variável cresceu 35% entre o 3º trimestre do ano passado e o deste ano, passando de 3,3 milhões para 4,6 milhões. Os dados constam do mais recente levantamento da B3, divulgado nesta segunda-feira, dia 21 de novembro.
Com o aumento da taxa Selic, o número de investidores em produtos de renda fixa passou de 9,6 milhões para 12,6 milhões. O Tesouro Direto já soma mais de 2,1 milhões de CPFs, com alta de 25%.
“Os números mostram que o brasileiro continua buscando oportunidades e diversificação de investimentos, seja em produtos de bolsa ou de renda fixa. Esses dados demonstram que ainda há um enorme potencial no país e que milhões de pessoas já começaram a diversificar sua carteira para além da tradicional poupança. Isso explica o saldo positivo e crescimento recorrente do número de pessoas físicas nos últimos anos”, avalia Felipe Paiva, diretor de relacionamento com clientes e PF da B3.
FLUXO E MOVIMENTAÇÃO DE INVESTIDORES SE MANTÊM POSITIVOS NO MÊS DAS ELEIÇÕES
A B3 realizou um levantamento complementar trazendo um estudo inédito sobre a movimentação de pessoas físicas em outubro, mês marcado por um aumento da volatilidade em função do processo eleitoral.
Os dados mostraram que o número de pessoas físicas em bolsa registrou mais um crescimento, com aumento no volume negociado e na participação em custódia dos ativos.
O volume médio negociado por dia no mercado à vista de renda variável aumentou 18%, passando de R$ 7,8 bilhões para R$ 9,2 bilhões.
O produto mais negociado foram as ações, com alta de 20% no volume médio diário em relação ao mesmo período do ano passado, seguido pelos ETFs, com alta de 17%. O volume de ativos de renda variável sob custódia subiu R$ 11 bilhões entre setembro e outubro, chegando a R$ 504 bilhões.
Destaque para a renda fixa que ganhou 100 mil novos investidores. O montante sob custódia aumentou R$ 30 bilhões, alcançando R$ 1,485 trilhão. O Tesouro Direto está próximo de alcançar sua marca histórica de R$ 100 bilhões em custódia.