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Empresa lança sunga absorvente para público transgênero

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

A Herself, femtech que desenvolve calcinhas e biquínis absorventes com tecnologia própria, acaba de lançar a primeira sunga absorvente para o público transgênero.

A peça foi idealizada e desenvolvida com a tecnologia inovadora da startup e tem cocriação de Tony Gabriel, pessoa trans responsável por participar do começo do projeto, e do empreendedor de impacto social Felipe Paiz, co-fundador da empresa AFIRME, um dos principais e-commerces LGBTQIA + do Brasil.

A peça contou com dois momentos em seu processo. O primeiro foi entender as dores do público transgênero em relação à menstruação e momentos de lazer, como ir à praia ou piscina. Por meio de pesquisa e troca de informação com homens trans que menstruam, a empresa concluiu que a maioria deles ainda não tomam hormônios e lidam com a menstruação todo mês.

A segunda fase do projeto contou com a experiência de Felipe Paiz para que a sunga tivesse conexão real com o público. A partir dessa criação e validação do público, a Herself entendeu que era importante colocar o produto e tecnologia ao serviço do público LGBTQIA+.

“Buscamos entender essa dor por meio da cocriação, que é um método que está no DNA do desenvolvimentos de todos os nossos produtos. Foi assim que percebemos que havia como oferecer uma solução exclusiva e pioneira para permitir o uso na água. Foi a oportunidade de colocar nossa tecnologia a serviço de mais pessoas que menstruam”, comenta Raíssa Assmann Kist, CEO e co-fundadora da Herself.

O Brasil conta com 4 milhões de pessoas transgêneras ou não binárias, segundo pesquisa feita pela UNESP em 2020.

Para Tony Gabriel, pessoa trans que participou da cocriação da peça,  o público trans carece de cuidados com a saúde e de produtos que supram a sua necessidade:

“Participar do desenvolvimento da sunga foi um momento de muito acolhimento e autoconhecimento. Tive muitas trocas com a Herself para expor as nossas necessidades, pois mesmo quem passa pela transição, ainda pode menstruar muito ou pouco, dependendo de cada tratamento. Considero essa parceria como um encontro de propósitos. Fiquei muito honrado por poder colaborar com a criação da peça e trazer inovações para a causa trans”.

Já para Felipe Paiz, co-fundador da AFIRME, o momento é de realização por entregar um produto tecnológico e inovador que vai garantir o conforto e qualidade de vida para uma parcela de pessoas que é tão invisibilizada e muitas vezes esquecida:

“Sempre tivemos pessoas trans na linha de frente da luta LGBTQIAP+ e é responsabilidade de todes nós pensar em soluções que facilitem, um pouco que seja, o cotidiano e o dia-a-dia dessas pessoas. É emergente que pessoas trans possam ocupar todos os lugares e quando a gente lança no mercado uma sunga menstrual, é pra garantir esse direito”.

A peça será vendida exclusivamente na plataforma da AFIRME e o valor é de R$ 165. O lucro das peças será revertido para causas da população LGBTQIA+. O produto tem uma durabilidade de, no mínimo, 3 anos, seguindo as dicas de cuidados como lavagem à mão e sabão neutro. 

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