O consumo no mundo tem crescido 3 vezes mais do que a taxa de crescimento da população. Segundo o levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial, a população mundial produz anualmente 1,4 bilhão de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU), uma média de 1,2 kg por dia per capita.
Já a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais alerta que o Brasil perde R$ 14 bilhões por ano com a falta de reciclagem adequada do lixo. O país gera quase 80 milhões de toneladas de lixo, mas apenas 4% são reciclados. Cerca de 40% de todo o lixo produzido no país acaba despejado em locais inadequados. São mais de 30 milhões de toneladas de resíduos sólidos que vão para quase 3 mil lixões ou aterros controlados espalhados pelo país.
Tendo em vista o cenário atual, a demanda pela logística reversa de pós-consumo só cresce, com o intuito de movimentar o fluxo de retorno de resíduos descartados e promover o reaproveitamento. É o caso da Newloop, que se tornou um destaque nesse segmento.
A empresa iniciou com os sócios Warney Paulo, proprietário de um teatro, e Alexandre Teixeira, que trabalhava com licenciamento ambiental. Os dois se uniram para reformar uma casa de espetáculo e durante a parceria comercial surgiu o questionamento do motivo de todo o lixo gerado ser destinado aos aterros.
Começaram reciclando os restos e descartes de tecidos jogados nas ruas do centro de São Paulo, que colaboram regularmente com o entupimento de bueiros, e ainda, passaram a transformar eletrônicos e já estudam a transformação do fumo e do papel do cigarro.
A empresa visa transformar o processo de gestão de resíduos nos próximos anos a nível mundial. A tecnologia hoje ainda é escassa e a empresa é a única do país que possui equipamentos criados exclusivamente para esse fim.
“Nossa meta é implementar práticas de negócios que alinhem lucro, propósito e transparência”, enfatizam o empresários.