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Inclusão: como as empresas podem melhorar acessibilidade dos produtos

Foto: Sophia Emmerich/AdobeStock
Foto: Sophia Emmerich/AdobeStock

A inclusão é uma das preocupações do futuro e está na pauta do desenvolvimento de produto. Empresas estão cada vez mais atentas a melhorias para que minorias que hoje se sentem de fora do mercado sejam atendidas.

Uma análise feita pela Google mostrou que as buscas com a palavra “para” revelam que as pessoas estão cada vez mais interessadas em produtos específicos e nichados.

As necessidades focam não apenas em pessoas com algum tipo de deficiência, mas incluem ainda a população LGBTQIA+, pessoas negras, idosos, pessoas em situação de vulnerabilidade social e outros grupos minoritários. 

A demanda, de acordo com a big tech, indica que as marcas e empresas precisam olhar para um público mais diverso e com necessidades específicas.

Afinal, de acordo com um estudo da própria Google, realizado no ano passado, 27% das pessoas acreditam que as empresas não oferecem produtos para todos os tipos de pessoas. 

Para Leandro Herrera, CEO da Tera, edtech especializada em carreiras digitais, os produtos precisam ser atualizados constantemente para que a inclusão ocorra de fato. A análise criteriosa de dados e o uso dessas informações no desenvolvimento de produto é essencial.

“Quando falamos em acessibilidade, não estamos apenas falando sobre produtos que permitem o uso por pessoas com deficiência. Incluir é permitir que um maior número de pessoas sinta-se contemplado com um produto e serviço e essas necessidades mudam o tempo todo”, explica;

Segundo o especialista, hoje as empresas têm buscado treinar profissionais justamente para que consigam implantar mudanças rapidamente para atender seu público:

“Mesmo empresas tradicionais, que não são nativas digitais, como bancos, já perceberam a importância de melhorar o acesso a seus serviços promovendo uma mudança de cultura interna. Essas organizações estão treinando pessoas de forma personalizada, rápida e em grande escala. O resultado disso é um produto mais acessível, competitivo e inovador”.

Tecnologia para melhorar experiência do usuário

Nas vendas online, as ferramentas para acessibilidade já estão mais avançadas, porém ainda há necessidades a serem atendidas. O uso de voz ou o voice commerce, por exemplo, é uma evolução do uso de voz em lojas virtuais.

Uma das empresas pioneiras em pesquisa sobre o tema é a edrone, especializada em CRM e automação de marketing digital para pequenas e médias empresas.

“No Brasil, o perfil PME atende a públicos diversificados por si só, mas ainda tem dificuldade de promover seus produtos para chegarem a seu público de forma eficaz. Percebemos, por exemplo, que o desenvolvimento de uma busca por voz vai melhorar a experiência do usuário e o processamento de pedidos, além de gerar dados importantes para o lojista”, afirma o country manager da empresa no Brasil, André Floriano.

Desde 2020, ao perceber o aumento do uso de voz em plataformas digitais, a empresa passou a investir em pesquisa para o projeto da AVA (Assistente por Voz Autônomo), que permitirá a implementação de um buscador virtual, personalizando o atendimento ao cliente.

Este ano, a ferramenta começou a ser usada na Polônia, onde fica a sede da empresa que planeja fazer do Brasil seu segundo maior mercado.

“A AVA vai além do assistente de voz, permite que o site da loja compreenda as informações do cliente, como suas preferências por cor, tamanho, modelos e intenção de compra para oferecer produtos mais adequados para o que ele busca. Pensando em acessibilidade, é uma forma de melhorar a comunicação, garantindo a inclusão de mais pessoas”, conclui.

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