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Produção de calçados deve crescer 1,6% em 2023

Foto: Bitenkav2/AdobeStock
Foto: Bitenkav2/AdobeStock

Com a projeção de terminar o ano com um crescimento estimado em 3%, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) projeta incremento mais tímido para 2023: 1,6%.

O menor ritmo de crescimento se dá pela desaceleração internacional, inflação mundial, provocada, principalmente, pela guerra no Leste Europeu, e pelo retorno gradual da China no mercado internacional, o que deve provocar uma queda de 5,7% nas exportações de calçados ao longo do próximo ano.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que o mercado interno deve ter mais peso na performance do setor ao longo do próximo ano:

“Ocorrerá uma inversão. Tivemos um pico nas exportações de calçados, algo que deve se ajustar para 2023. Ainda assim, mantendo-se 15,3% acima de 2019. Já o mercado doméstico, que responde por cerca de 85% das nossas vendas, deve ter maior relevância para o desempenho. Mesmo prevendo um ano mais difícil do que este ano, vamos crescer, como de praxe, acima do PIB brasileiro, que tem uma previsão de crescimento de 0,75% para 2023”.

EXPORTAÇÃO

Segundo o dirigente, este ano foi de recuperação para a atividade, após as perdas provocadas pela pandemia. Dados mais recentes elaborados pela entidade apontam que, entre janeiro e novembro, as exportações de calçados somaram 129,2 milhões de pares e US$ 1,2 bilhão, incrementos de 16,7% e de 49%, respectivamente.

Diante de um último trimestre de desaquecimento na economia internacional e o aumento da presença chinesa no mercado mundial do setor, a expectativa é encerrar com um incremento de 14% no volume embarcado.

“O coeficiente das exportações, vendas internacionais sobre o total fabricado girou em torno de 17% ao longo deste ano. Para o próximo ano, devemos ter um ajuste para 15% nesse índice”, projeta.

Já as vendas domésticas, conforme o IBGE, cresceram 4% entre janeiro e outubro em relação ao mesmo período do ano passado.

A recuperação das exportações refletiu diretamente na geração de empregos, principalmente porque os embarques cresceram, em sua maioria, no segmento de calçados de maior valor agregado, que exigem mais mão de obra na fabricação.

Dados elaborados pela Abicalçados apontam que, entre janeiro e outubro foram gerados 43,5 mil postos de trabalho na atividade, somando um estoque de cerca de 310 mil pessoas empregadas diretamente na indústria calçadista, 12% mais do que no ano passado, o melhor resultado dos últimos sete anos.

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