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Fusões e aquisições: quais as perspectivas para 2023?

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

O ano ainda não acabou, mas o mercado já se prepara para um período de apreensão no início de 2023 em relação às transações de fusões e aquisições (M&A) no Brasil.

Um dos fatores de incerteza é o contexto internacional, com a desaceleração da economia global, impactada principalmente pela guerra entre Ucrânia e Rússia que se arrasta há mais de dez meses.

Já no cenário nacional, os rumos que o novo governo federal deve tomar em relação à política econômica também devem influenciar a atração de investimentos ao país.

“A perspectiva é que possivelmente haja um certo compasso de espera do mercado no primeiro semestre do ano que vem tanto aqui no Brasil, quanto no exterior. Como as transações de M&A, em geral, levam meses para serem concluídas, a tendência é que os investidores aguardem para iniciar novos processos. A economia em nível internacional também está apreensiva, com aperto fiscal na Europa e nos Estados Unidos. Por isso, muitos investidores poderão aguardar para ver se haverá ou não recessão nesses países e, aqui no Brasil, como será a condução da economia no início do novo governo”, destaca João Caetano Magalhães, diretor da Redirection International.

O especialista destaca que a estabilidade política e econômica aumenta a competitividade do Brasil e torna o país mais atrativo para novos investimentos:

“Vai depender muito se o governo terá um papel atuante na economia, o que pode afetar positivamente os setores mais sensíveis às políticas públicas, como por exemplo o de infraestrutura e de construção civil”.

Segundo um levantamento feito pela Redirection, no primeiro semestre deste ano foram fechadas 926 operações de M&A no Brasil, 14% acima do registrado no mesmo período do ano passado (812).

“Mesmo com as incertezas no cenário político e econômico brasileiro, o ano de 2022 correu normalmente no Brasil e alguns setores devem bater recordes no volume de transações, como por exemplo o de energias renováveis que deve crescer 19% em relação ao ano passado. Outros segmentos como de agronegócio e biotecnologia, educação, saúde e tecnologia também tiveram bom desempenho neste ano e devem continuar em ascensão em 2023”, destaca.

E foi justamente nestes setores que a empresa atuou mais diretamente ao longo do ano. Uma das transações mediadas foi a aquisição do Laboratório Agronômica, que atua no diagnóstico fitossanitário, pela multinacional suíça Cotecna, anunciada na metade do ano. Além disso, assessorou o grupo educacional gaúcho Atitus Educação no processo de expansão via aquisições no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

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