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Desafios da gestão financeira das startups e scale-ups

Foto: divulgação.

Por Gonzalo Parejo, CEO da Kamino.

As startups são empresas que nascem com um futuro promissor. Seu DNA em grande parte está baseado em ideias inovadoras para sanar as dores de empresas e/ou pessoas. Porém, algumas pedras no caminho podem atrapalhar essa trajetória rumo ao sucesso. A ausência de uma infraestrutura de produtos e serviços financeiros adequados para as suas especificidades é uma delas.

Segundo um estudo feito pela CB Insight, mais de 70% dessas companhias “morrem” antes de completar cinco anos, em grande parte por enfrentar múltiplos desafios e obstáculos no início da sua jornada empreendedora relacionados com a gestão financeira.

Entre os principais problemas estão a falta de ferramentas adequadas para (a) a gestão organizada e eficiente das contas a pagar e receber; (b) o monitoramento da evolução das despesas (orçado versus realizado), independentemente do meio de pagamento usado; e (c) a execução correta e eficiente do processo de conciliação.

Esse “descontrole” traz como consequência uma total ausência de visibilidade sobre a evolução do orçamento, ou seja, o diretor financeiro dedica muito tempo e recursos somente para entender a situação do seu planejamento. O fato de que as startups têm geralmente um conjunto fragmentado de soluções para resolver as suas principais e mais básicas necessidades de gestão financeira, limita enormemente a capacidade do CFO para atuar de forma estratégica e facilitar a tomada de decisões rápidas e corretas pela liderança da empresa.

Independentemente do estágio em que está a startup – seja Pré-Seed, seja Série D – é fundamental que a liderança tenha completa visibilidade sobre o estado presente e futuro da saúde financeira da empresa. Falando das startups em estágio inicial e as scale ups, aquelas que implantam as corretas ferramentas de gestão financeira e implementam os devidos processos para garantir um bom controle financeiro têm maior chance de ser bem-sucedidas e captar fundos em melhores condições de valuation e diluição para os seus sócios. 

E é importante que essa gestão financeira seja feita desde o início das atividades da startup, pois quando essa caminhada começa errada, fica mais difícil de corrigir a rota do que quando já começa com processos azeitados.

Outro ponto é que nem sempre os empreendedores que criam esse tipo de empresa são profissionais com bagagem de conhecimento financeiro. Têm perfis que são mais voltados para tecnologia, outros para produto, outros para o comercial, outros para o desenvolvimento de negócios, só para citar alguns exemplos. Em muitos casos, o time fundador carece de experiência nas finanças corporativas, e só após superar a fase de product market fit e captar uma rodada Séries A ou B,  decidem escalar as operações e profissionalizar a gestão financeira da empresa.

Em startups, os cuidados devem ser redobrados, já que o financeiro exerce um papel fundamental para manter os principais líderes da empresa informados e responsáveis pela evolução das linhas de receita e de gastos dentro da sua própria área de responsabilidade. 

A falta de histórico corporativo de uma startup é um ponto que gera muitos desafios e problemas para as startups, principalmente no acesso a produtos bancários e financeiros tão elementares como uma conta corrente, um cartão corporativo com crédito ajustado às suas necessidades ou crédito para financiar seu circulante. Nem sempre os bancos tradicionais vão liberar uma conta ou um cartão de crédito coerente capaz de atender pagamentos das ferramentas SaaS ou das campanhas de marketing digital, despesas absolutamente necessárias para o normal desenvolvimento da operação da empresa.

Isso faz com que muitas vezes, o empreendedor tenha que criar contas em vários bancos e solicitar cartões a diferentes entidades para conseguir utilizar os recursos e pagar as suas principais despesas, aumentando ainda mais a dificuldade de conciliação das despesas e da gestão do caixa. Não é incomum que startups promissoras que levantaram milhões fora do Brasil, tenham esse problema.

Nesse sentido, existem soluções como o hub financeiro da Kamino, que fornece, num lugar só, a fundadores e diretores financeiros de startups, tudo o que precisam para garantir uma gestão financeira mais eficaz, com maior visibilidade sobre as principais métricas financeiras e de negócio, e com custos menores e eficiência elevada. Isso ajuda não somente a startups nos inícios da sua operação, mas também acompanha a evolução da empresa ao longo das fases posteriores de crescimento.

De startups early à late stage, passando pelas scale ups, não importa em qual estágio seu negócio está; em qualquer um deles é preciso organizar a gestão financeira. Afinal, é uma boa estrutura que irá determinar sua escalabilidade e sua longevidade.

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