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Startups: 42% dos profissionais não possuem plano de cargo e salário

Foto: Luciano Alves/divulgação.

Segundo o ranking de startups, no ano passado foram criadas mais de 100 mil empresas deste segmento. Com um aumento exponencial, o desafio de muitas delas encontra-se  justamente em desenvolver novas estratégias para que o negócio cresça de forma saudável e sustentável.

De olho nesse cenário e visando fortalecer o RH destas empresas, a Convenia, HRTech com soluções voltadas para a automatização e digitalização do RH e do DP, produziu o relatório de cargos e salários em startups.

O levantamento, que contou com apoio de grandes empresas como a Endeavor, StarSe e Abler, revela que 42% dos profissionais do setor não possuem plano de cargos e salários, contra 57,32% de profissionais que seguem uma política salarial estruturada. 

De acordo com o executivo, a política de cargos e salários é uma etapa fundamental para gerar transparência e clareza aos colaboradores sobre seu trajeto profissional.

O estudo ainda aponta que 53,93% dos respondentes demonstram entender que sua empresa trabalha com uma política de cargos e salários, implementando internamente uma boa comunicação aos colaboradores.

Porém, o volume de pessoas que não souberam responder sobe para 14,23%, o que pode indicar uma divulgação falha desta política dentro da empresa ou mesmo a falta de uma política robusta.

SALÁRIO E CARGO

Observando por outra ótica e considerando a questão de salários e cargos, por exemplo, o relatório aponta que as remunerações em startups ficam concentradas em até R$4.500

Conforme o levantamento, aproximadamente 40% das rendas obtiveram uma média de até 3,5 salários-mínimos. Já para 26,62%, o valor inicial é de até R$ 7,5 mil. Os outros 32,83% ficam distribuídos nas faixas acima deste valor. 

Para aproximadamente 44% dos analistas de startups, o salário varia entre R$2.501 e R$4.500. Aqueles com nível júnior puxam a média para baixo e tem uma variação menor de faixas se comparado aos níveis pleno e sênior.

É possível notar uma discrepância entre os valores ofertados para as diferentes senioridades, mas que se mantém dentro da expectativa do mercado.

Os cargos de coordenação apresentam faixas salariais mais altas, em comparação às anteriores. Para 77% dos coordenadores, a renda mensal é acima de R$6.500. Seguindo essa tendência, o nível de supervisão tem 50% dos respondentes ganhando mais de R$6.500.

Para a gerência, a faixa salarial é mais elevada que a coordenação, como deve se seguir pela hierarquia de cargos. Os valores mais altos também começam a aparecer, com salários acima de R$30.000. Apenas para 12,8% dos entrevistados a renda mensal se encontra abaixo de R$7.500.

No entanto, vale ressaltar que rendas inferiores não equivalem ao demérito que certos setores possuem, mas sim ao fato de que startups em estágio inicial ou pequenas não seguem faixas elevadas, o que pode ter influenciado a amostragem. 

Para cerca de 85% dos cargos de diretoria, o salário é acima de R$10.500, valor mínimo encontrado na pesquisa. Isso representa mais de R$3.000 acima do valor mínimo encontrado no cargo anterior. As rendas mais comuns são entre R$19.500 e R$20.500. Apenas 14,8% dos diretores e diretoras ganham acima de R$30.000.

SALÁRIO E SENIORIDADE

A senioridade é comumente definida pelo tempo de experiência. Para os profissionais júnior (recém formados até 5 anos de função) a média salarial para 36,8% é entre R$2.501 e R$3.500. A faixa abaixo deste valor, entre R$1,500 e R$2,500, teve um volume significativo de respostas, representando 19,3%. Enquanto a faixa acima, de R$3.500 a R$4.500, representa 18,4%.

No nível pleno a pesquisa aponta faixas mais variadas. Para 27% dos entrevistados, o salário é de R$3.501 a R$4.500. Os salários entre R$2.501 a R$3.500, e R$4.501 a R$5.500 aparecem empatados, com 12,3% cada. Juntas, as três faixas totalizam 51,6% da amostragem.

No nível sênior de carreira há uma maior diversidade de faixas distribuídas na amostra. Empatadas em primeiro lugar, com 11,4% cada, estão as faixas de R$5.501 a R$6.500 e R$6.501 a R$7.500. Em seguida, aparecem a de R$4.501 a R$5.500, com 9,8%. Todas juntas totalizam 32,6% das respostas. Isso demonstra o quão variável é esse nível de senioridade.

AUMENTO SALARIAL E BENEFÍCIOS

De acordo com o estudo, 80,89% dos entrevistados tiveram aumento salarial nos últimos três anos. Considerando ainda este tema, 65,61% dos respondentes disseram que não pretendem sair da startup em que estão empregados nos próximos seis meses, caso não recebam aumento.

Ainda, 89,17% dos respondentes recebem algum tipo de benefício, e 83,44% os consideram como um diferencial para sua permanência na startup. Já 3,82% dizem não receber benefícios, mas entendem que isso pode ser um motivo para trocar de emprego. Apenas 1,49% não levam o pacote em consideração neste cenário.

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