O termo quiet quitting ganhou popularidade recentemente nas redes sociais. Porém, a tendência da demissão silenciosa, como pode ser traduzida a expressão, tem causado preocupação entre as empresas.
Para Ana Cristina Moraes, instrutora de RH na Udemy, o movimento, surgido no Estados Unidos principalmente entre a geração Z, chegou ao Brasil em novembro e está relacionado aos desafios enfrentados pelos profissionais desde a pandemia, que potencializaram a necessidade de manter em dia a saúde mental e física.
A tendência defende que os profissionais façam, então, somente o que consta nas suas descrições de cargo, com o objetivo promover um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Ela entende isso como um importante contraponto ao trabalho incessante, que muitas vezes é visto como sinônimo de grande dedicação à empresa, mas geralmente não é saudável. Mas ela defende que os profissionais cheguem a um equilíbrio, e para isso, divide algumas dicas de prevenção adotadas por empresas.
Recentemente, o instituto de pesquisa americano Gallup divulgou um estudo sobre exaustão e mercado de trabalhoe, de acordo com ele, apenas 21% dos profissionais se dizem engajados com o próprio trabalho.
Outro dado relevante é o de que 53% dos respondentes da América Latina afirmaram sentir preocupação diária no ambiente corporativo, o maior percentual entre as regiões.
Uma dica dela para as empresas, considerando o cenário, é repensar os seus pacotes de benefícios, oferecendo serviços de apoio à saúde mental, entre outros que podem motivar os funcionários, como capacitação em novas habilidades.