Por Felipe Sanchez, CEO do Grupo Bloom.
Mudanças de comportamento e conceitos ocorrem continuamente na sociedade e influenciam no posicionamento das empresas. Isso é positivo, principalmente quando se traduz em humanização do ambiente de trabalho, responsabilidade social e compromisso ecológico. Não tão novo, mas popularizado nos últimos anos, o conceito de ESG – Environmental, social and corporate tem potencializado tais preocupações e influenciado na adoção de novas atitudes no mundo corporativo.
No setor têxtil todos esses aspectos são tão, ou até mais, importantes quanto em outra área, mas quero abordar neste artigo um em especial: o ambiental. A começar porque é a segunda indústria que mais polui no mundo, o que aumenta a nossa responsabilidade em procurar soluções que mudem esse cenário. Mas, também porque os consumidores estão cada vez mais exigentes quanto à origem dos produtos que vão adquirir, inclusive se são produzidos através de meios sustentáveis.
No que se refere a estamparia, por exemplo, a indústria têxtil já conta com mecanismos digitais para produzir com responsabilidade ecológica, sem deixar de lado o atendimento à demanda do mercado e a qualidade dos produtos. Isso é possível através do auxílio de soluções tecnológicas e sustentáveis, que reduzem ou zeram a utilização de água no processo produtivo e não geram desperdício de produção.
Seja por impressão direta ou sublimação, a tecnologia de impressão digital é uma aliada na jornada pela sustentabilidade. Possibilita que se produza em larga escala e sob demanda, de forma sustentável e sem acúmulo desnecessário, a fim de diminuir os impactos ambientais.
O conceito de produção on demand já é aplicado ao redor do mundo por empresas de diferentes portes e é uma tendência para o futuro da moda e da indústria têxtil como um todo – produzir apenas o necessário (que já vendeu), sem risco de falta de estoque, graças à agilidade do processo limpo e de alta qualidade da estamparia digital. Moda, sustentabilidade e tecnologia precisam estar unidas pela urgência cada vez maior de soluções que não prejudiquem o meio ambiente. E a indústria têxtil, que sempre teve papel de destaque nas revoluções industriais, deve assumir sua responsabilidade nessa virada de chave da sustentabilidade, desenvolvendo métodos de produção alinhados com as iniciativas ecológicas, que atendam a necessidade de preservação do meio ambiente. A jornada do ESG acontece diariamente e é importante que seja trilhada por todos que integram a cadeia têxtil.
