Co-fundador da Alana AI acompanha debates sobre IA no SXSW

Esse ano, a pauta do SXSW em relação a inteligência artificial foi sem dúvida o impacto na vida e na carreira das pessoas. O foco é dividido em dois: AI generativa e aplicações de AI, ambos nas mais diversas áreas.

Marcellus Amadeus, Chief Scientist e co-fundador da Alana AI, scale-up de inteligência artificial brasileira, destaca as expectativas compartilhadas por profissionais da área:

O SXSW é um dos principais eventos para aqueles que buscam liderar os processos de inovação ao redor do mundo. Nesse sentido, as palestras foram pautadas fortemente em discussões e demonstrações tecnológicas com AI, que se tornou uma das principais discussões da atualidade.

Foi pensando na “onipresença” das AIs no dia-a-dia e na sua utilização nos mais diversos contextos que os curadores do festival buscaram inspirar o público com a abundância de aplicações de AI. Mais do que isso, o evento abriu espaço para o diálogo sobre o impacto da coexistência da AI com cientistas, profissionais e artistas.

Logo nos primeiros dias do festival, o presidente da OpenAI, Greg Brockman, falou um pouco sobre todos os tópicos difíceis em torno do uso da tecnologia que eles disponibilizaram. Entre eles, estão: os princípios éticos envolvidos, o impacto na empregabilidade das pessoas, o problema da desinformação no advento dessa tecnologia disponibilizada e os próximos passos a serem dados. 

“Infelizmente o keynote apresentado deixou sua audiência frustrada, visto que nenhuma das questões relevantes foram realmente respondidas. Quem teve a oportunidade de ver, como eu tive, saiu da sala com a mesma impressão de quando entrou: será que a própria OpenAI está interessada em discutir esses assuntos?”, conta Marcellus.

De modo geral, as palestras sobre AI generativa estão sendo mais exploratórias e apresentam um formato de diálogo aberto. Isso se deve ao fato de que até os líderes dessas aplicações têm mais perguntas que respostas. A inovação também se trata de debate.

Na agenda das aplicações de AI, o SXSW conta com uma abrangência impressionante e cobre uma grande diversidade de assuntos, mas são raras as palestras com profundidade técnica. Isso se deve à extensão do evento. 

Muitos apresentadores estão focando em trazer para a mesa as dificuldades e os potenciais das aplicações que vão desde RH, liderança e criatividade até metaverso, computação quântica e combate às mudanças climáticas.

“Mesmo fora do roteiro da AI generativa, as diversas aplicações apresentadas no festival buscam perspectivas mais sociais e éticas; o que está alinhado com a pauta global em relação à AI. Como pesquisador e desenvolvedor em AI, admito que esperava mais substância nas apresentações, porém estou animado em ver tantas pessoas de fora da área sendo envolvidas no assunto. A história da AI inclusive mostra que a falta de conhecimento público no tema desacelera o progresso da tecnologia. A dúvida que fica é: essa preocupação com a convivência entre AIs e humanos vai ser mais perene que o interesse em NFT e criptomoedas, que simplesmente desapareceram do ano passado pra cá, ou os outros debates vão reaparecer e ampliar a discussão?”, ressalta Marcellus.

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