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Investimentos em startups caem 86% no 1º trimestre

Foto: madedee/AdobeStock
Foto: madedee/AdobeStock

A fuga do capital de risco do mercado brasileiro mais uma vez fica evidenciada na recente edição do Inside Venture Capital Report, relatório do Distrito que monitora a atuação dos fundos de investimento em startups no Brasil.

Com a consolidação dos dados de março, mês marcado pela falência do Silicon Valley Bank, o trimestre chegou ao fim com uma queda de 86% em novos aportes em companhias brasileiras na comparação com o mesmo período do ano passado.

O levantamento apontou que foram realizadas 91 rodadas neste ano, o que movimentou o mercado com uma injeção de US$ 247,02 milhões. No mesmo trimestre do ano passado, o setor contabilizou 306 rodadas e US$ 1,7 bilhão em investimentos.

Na comparação setorial, destacam-se mais uma vez as fintechs, que receberam o maior volume de recursos, cerca de US$ 112 milhões, e o maior número de rodadas, seguido pelo setor de supply chain, impulsionado pela rodada de investimento na Daki, que anunciou um cheque de US$ 50 milhões em fevereiro, e energytech, cada segmento levantando US$ 51,1 milhões e US$ 48,6 milhões em montante de capital, respectivamente. 

Para Gustavo Gierun, CEO do Distrito, apesar do cenário de crise acentuada, o levantamento indica que o mercado tem buscado novos meios de captação:

De acordo com o executivo, esse movimento tem pontos positivos e negativos para o mercado. Entre os benefícios para quem busca financiamento via dívida estão a ampliação dos fluxos de caixa sem diluição, manutenção do controle da companhia, além de evitar um possível down-round. Por outro lado, levantar capital por este meio também exige dos fundadores uma maior diligência financeira, fora as obrigações de pagar o montante principal do empréstimo em um período de tempo específico.

M&A

O levantamento apontou que os três primeiros meses registraram, ao todo, 32 operações de M&A, uma queda de 55% no volume de fusões e aquisições em relação ao mesmo período do ano passado.

Neste trimestre, as startups tiveram maior representatividade no número de aquisições feitas, com 17 transações, o que compreende 53,1% do total.

Os M&A’s de empresas tradicionais e de corporações contabilizaram 34,4% e os investidores institucionais completaram o perfil de compradores com 12,5%.

Já na avaliação setorial, as martechs representam o setor de startups que mais foi adquirido, com 4 M&As.

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Jornalista do ecossistema de startups

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