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Por que soluções Low Code e No Code podem ser as ferramentas profissionais do futuro

Rafael Bortolini / Foto: João Stein
Rafael Bortolini / Foto: João Stein

De acordo com a Gartner, até 2025, 70% das aplicações serão desenvolvidas através de tecnologias Low Code e No Code. A projeção vem de encontro com um outro estudo levantado pela Google for Startups, que prevê um déficit de 530 mil profissionais de TI nos próximos dois anos.

O crescimento de soluções low code e no code permite que cada vez mais pessoas com menos conhecimento em tecnologia possam programar, fazendo apenas um treinamento da plataforma. 

Além disso, esses formatos aumentam a agilidade e produtividade, reduzindo o tempo de desenvolvimento de softwares e aplicativos, e reduzem custos.

Para saber mais sobre essa tendência, o Economia SP Drops conversou com Rafael Bortolini, head de produtos da Zeev, pioneira em plataformas de desenvolvimento de workflows low-code. Confira a entrevista na íntegra:

Como surgiu o insight para o modelo de negócio da Zeev?

Rafael: A Zeev é uma evolução da experiência técnica de suas equipes e sócios em automação de processos de negócio. Ao longo das últimas décadas, sempre existiram no mercado promessas de tecnologias acessíveis que permitissem a analistas de negócio construírem aplicações de maneira autônoma, ou equipes de TI desenvolvessem softwares mais rápido. Entretanto, isso se tornou realidade mesmo somente nos últimos 3 anos. Uma conjunção de fatores tecnológicos e sociais criou as bases que permitiram que esse sonho antigo se tornasse realidade. A Zeev viu esse movimento nascer, inicialmente fora do Brasil, e rapidamente se posicionou.

Quais as principais soluções e diferenciais?

Rafael: A Zeev é pioneira no desenvolvimento e fornecimento de plataformas workflows low-code. Nosso objetivo é fornecer uma plataforma acessível para as necessidades da rotina de diferentes setores dentro de uma organização, disseminando cada vez mais o low-code como ferramenta possivel, econômica e fundamental para todas as empresas, desde as enterprises até as PMEs. Nossas soluções, como mapeamento e automatização de processos, permitem que qualquer gestor transforme seus fluxos de trabalho e faça a gestão da quantidade de materiais e informações que são produzidas, além de conectar departamentos e fazer o trabalho fluir com leveza, o que otimiza resultados e favorece a escalada dos negócios. Apesar de os nossos produtos serem precificados em real, temos como diferencial a adequação ao local onde a empresa contratante está localizada. Isto é, fazemos a cobrança em conversões de acordo com a moeda local do cliente.

Quais as principais tendências de mercado?

Rafael: Pelo lado tecnológico, a Inteligência Artificial, principalmente a IA Generativa, como ChatGPT, veio para mudar e impactar todos os negócios. Com o Low-Code, não poderia ser diferente.  Até o momento, no movimento Low-Code, softwares estavam sendo criados através de procedimentos de configuração e parametrização (ao invés de programação ou codificação). Com a IA Generativa, é possível criar software através de linguagem natural. Você diz para a IA o que deseja e ela irá criar para você. Pelo lado da gestão, o crescimento exponencial do número de aplicativos criados dentro das organizações, impulsionado por uma nova leva de “desenvolvedores cidadãos”, irá forçar novas políticas e controles de Governança. É preciso organizar a gestão e segurança das informações internas das empresas. Vemos esse papel sendo desempenhado principalmente pelas equipes de Tecnologia.

Por que Low Code e No Code estão se destacando cada vez mais no mercado?

Rafael: As duas tecnologias permitem o desenvolvimento acelerado de soluções, o que tende a aumentar ainda mais a produtividade na área de TI, como em resolução de problemas de forma mais rápida e entrega eficiente de serviços otimizados e enxutos. Além disso, o low-code e o no-code oferecem autonomia aos criadores e democratizam a utilização dessas tecnologias por qualquer usuário de negócio, sem a necessidade de conhecimento técnico em TI, os chamados citizen developers. Tudo isso contribui para a redução de custos e de tempo, uma vez que as plataformas sem código ou pouco código podem oferecer economia, bem como a evitar projetos muito extensos com participação de inúmeros desenvolvedores.

O que podemos esperar desses formatos nos próximos anos?

Rafael: Um número crescente e exponencial de aplicativos sendo criados por analistas de negócio e pessoas que não sejam desenvolvedores profissionais, resolvendo problemas de seus times e de seus processos de maneira independente mas ao mesmo tempo em parceria com os times de Tecnologia. Assim como hoje um analista tem como ferramenta principal de trabalho o Excel, acreditamos que Low-Code e No-Code serão as ferramentas do profissional do futuro.  Ao mesmo tempo, veremos as equipes de tecnologia cada vez mais focadas e disponíveis para trabalhar em processos core business que tragam impacto e inovação para as organizações.

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