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Incluir o uso do cartão corporativo no compliance da empresa: uma forma de evitar fraudes

Foto: divulgação.

Por Fernando Nery, co-fundador da Portão 3.

Muito se fala em compliance e em como ter normas e procedimentos bem definidos – e, principalmente, entendidos e cumpridos por todos – é benéfico para as organizações, contribuindo, especialmente, para a boa saúde financeira do negócio. Além de economizarem e garantirem maior rentabilidade, empresas que investem em uma cartilha de boas práticas estão sujeitas a menos riscos, evitando crises e fraudes.

Com o avanço do uso da tecnologia, a disseminação dos cartões corporativos aparece como uma forma eficaz de compliance, sendo, hoje, ferramenta fundamental para empresas de qualquer porte conseguirem reduzir gastos e controlar melhor as despesas de seus colaboradores, ajudando a estabelecer uma política antifraude.

Aqui no Brasil, onde o montante de fraudes em geral, infelizmente, figura entre os mais altos do mundo, esse tipo de crime envolvendo reembolso de gastos corporativos pode ser relevante para as empresas. Apenas para citar um ‘deslize’ bastante comum entre os brasileiros, imagine quanto as organizações que não trabalham com cartões corporativos ainda perdem ao aceitar recibos de táxi como comprovante de despesas! Isso porque é ‘normal’ haver um ‘combinado’ entre passageiro e motorista para a emissão de um recibo ‘a maior’.

Quando situações desse tipo acontecem de forma generalizada na empresa, pode significar que os colaboradores não estão alinhados com os processos e valores da corporação. Nesses casos, o compliance aparece para garantir que as equipes atuem em conformidade com os deveres e obrigações pré-estabelecidos pela organização, munindo os funcionários de ferramentas adequadas para que estes executem a política de despesas corporativas da empresa e impondo, inclusive, controles internos para punir possíveis fraudadores.

Ter os processos internos analisados e implementar ações de prevenção é crucial, mas manter um programa ativo de compliance também se torna fundamental para levantar casos suspeitos que serão avaliados e mitigados, quando for necessário. De acordo com uma pesquisa realizada pela Kroll, 83% das empresas no país contam com um processo de análise de dados para detectar suborno e risco de corrupção, de forma proativa. 

Com a utilização das ferramentas adequadas, entre as quais o cartão corporativo, é possível criar um registro claro e transparente de todas as transações comerciais realizadas pelos colaboradores. Essa prática facilita a auditoria interna, a conformidade com as políticas de gastos e os requisitos regulatórios, além de tornar todas as despesas rastreáveis, evitando abusos. E como não representam ônus aos funcionários e gestores, a adesão e aceitação interna desse tipo de solução costuma ser elevada.

O compliance, sem dúvida, já se tornou um forte aliado para ajudar a implementar uma política eficiente de economia de gastos corporativos. Num cenário de custos altos, boas práticas nesse sentido podem significar a sobrevivência da empresa.

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