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Querido home office: mudanças no setor imobiliário devido ao trabalho remoto

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

Por Eduarda Tolentino, sócia e Presidente da BRZ Empreendimentos.

O setor imobiliário, tradicionalmente dependente do atendimento presencial, teve que se adaptar às visitas virtuais e assinaturas de contratos digitais. Do ponto de vista dos consumidores, o que costumava ser apenas um refúgio para descanso se tornou também um cenário para reuniões de negócios.

Diante dessas mudanças, as prioridades na moradia e no espaço de trabalho evoluíram. Em 2020, São Paulo, a maior capital do país, registrou a devolução de cerca de 300 mil metros quadrados de imóveis comerciais, de acordo com a consultoria Buildings, que corresponde aos imóveis comerciais do estado. A taxa de vacância, que mede o percentual de imóveis desocupados, aumentou em 17,29% no quarto trimestre daquele ano, refletindo as consequências da crise trazida pela pandemia e a adoção do trabalho remoto. Segundo especialistas, 50% dos imóveis devolvidos pertencem a empresas que aderiram ao trabalho remoto.

Conforto e segurança

Antes da pandemia de Covid-19, a proximidade com o local de trabalho era uma das principais considerações dos brasileiros na compra de imóveis. No entanto, com o home office estabelecido, conforto e segurança se tornaram os atributos mais procurados. Os consumidores desejam imóveis que melhorem sua qualidade de vida. Portanto, a infraestrutura oferecida pelo empreendimento desempenha um papel fundamental nesse novo cenário.

Ambientes mais espaçosos e modernos, com áreas planejadas para o trabalho, espaços comuns e investimentos em segurança, juntamente com os benefícios da região, são os novos fatores considerados na decisão de compra.

Houve uma queda na procura por imóveis de um dormitório em São Paulo, de 34% para 28%, em março e abril de 2020, em comparação com o mesmo período em 2019. Por outro lado, a procura por imóveis com dois dormitórios aumentou de 52% para 56%, enquanto aqueles com três dormitórios subiram de 14% para 16%, de acordo com uma pesquisa do Grupo ZAP, que recebe mensalmente 50 milhões de visitas em sua plataforma.

Mudança na jornada de compra de imóveis

O atendimento online ganhou impulso com a expansão do trabalho remoto. Agora é mais fácil negociar um imóvel sem a necessidade de um encontro presencial entre o corretor e o cliente, seja por meio de um site completo e responsivo, um tour virtual ou assinatura eletrônica de contratos, o que reduz as etapas burocráticas e aumenta a taxa de conversão.

Investimento em marketing digital

As estratégias de captação de leads e divulgação de imóveis também se adaptaram a essas mudanças. Assim, o marketing digital se tornou um aliado crucial do setor imobiliário. A maioria dos corretores agora utiliza canais digitais, como Instagram, WhatsApp e seus próprios sites, como ferramentas de trabalho. Hoje, esses meios são as principais formas de comunicação direta, personalizada e no momento certo com o público, além de terem o poder de atrair mais interessados e guiá-los até a conversão.

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