Por Kim Lima, diretor de comercial e marketing da Evolua Energia.
Atualmente, o Brasil vive um cenário de transformação dentro da sua matriz energética.
Com a necessidade de diversificar as suas fontes de energia, principalmente pela preocupação com a sustentabilidade do planeta, o país tem se aproveitado do surgimento de novas tecnologias para encontrar meios de suprir a sua alta demanda a partir de fontes renováveis.
Diante desse contexto, a energia solar vem aparecendo como uma forte candidata à protagonista.
Gerada a partir dos raios solares, ela pode ser captada diretamente nas residências ou nas usinas por meio da geração distribuída, método em que a energia captada no local é inserida nas companhias de distribuição e compartilhada entre os consumidores cadastrados no serviço.
Além do baixo impacto ambiental, uma vez que se trata de uma fonte renovável e que não emite poluentes durante o processo de geração, a energia solar também se destaca por conseguir trazer economia na conta de luz dos brasileiros.
Até por conta desse contexto, o mercado fotovoltaico não para de crescer no país. Mais de 88% da capacidade instalada na matriz elétrica brasileira neste ano têm origem nas fontes solar e eólica.
De acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), de janeiro até agora, a expansão da capacidade instalada da matriz elétrica foi de 7 GW, sendo que 6,2 GW foram solar (3 GW) e eólica (3,2 GW).
Além disso, os investimentos na área vão superar a marca de R$ 56 bilhões, enquanto mais de 300 mil novos empregos serão gerados no setor até o final de 2023.
Não é à toa que o país hoje ocupa a 8ª colocação no ranking mundial de produção de energia solar, além de somar mais de 20 mil empresas voltadas para a geração fotovoltaica.
Todo esse panorama, somado ao avanço intenso da tecnologia, contribui para que a fonte de energia se torne cada vez mais acessível à população. De acordo com dados publicados pela Absolar, o custo médio de um módulo fotovoltaico caiu cerca de 80% durante a última década.
No entanto, há de se destacar que o atual nível da disrupção inerente ao mercado fotovoltaico é tanta que já é possível os consumidores também aproveitarem os benefícios sem nem mesmo precisar instalar placas solares no imóvel.
Graças ao modelo chamado de geração compartilhada, em que a energia limpa é captada em parques solares e depois inserida na rede da distribuidora da região, a população consegue desfrutar do benefício através de uma adesão simples e gratuita.
Assim, a companhia que oferta esse tipo de serviço promove economia a curto prazo, sem a necessidade de investimento em equipamentos ou de possíveis adaptações na casa.
Por todas essas razões, o Brasil está bem posicionado para aproveitar todo o potencial da energia solar.
Pela maturidade e o rápido avanço que o mercado vem demonstrando, a tendência é de que as instalações e equipamentos fotovoltaicos fiquem ainda mais baratos nos próximos anos, fazendo com que mais pessoas a utilizem.
Com esse cenário, quem só tem a agradecer é o meio ambiente e o bolso da população.