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2024: quais os desafios e oportunidades na educação?  

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

Por Kelly Baptista, diretora da Fundação 1 Bi.

Os últimos resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) e a discussão sobre o sucateamento do cuidado com os professores, norteiam os desafios da educação em 2024. Ao se aprofundar sobre ambos os temas, que possuem consequências interligadas, é fácil notar o quão preciso é melhorar a maneira como os processos digitais estão sendo inseridos na rotina escolar.

A expectativa de especialistas é que o uso da tecnologia em diferentes setores, incluindo a educação, siga uma crescente. Por isso, atentar-se às próximas necessidades e tendências que envolvem esse recurso é o passo inicial para garantirmos mais qualidade ao ensino dos nossos jovens.

  1. Investimento na formação de professores: 

Infelizmente, a baixa qualidade na formação da nova geração de professores no Brasil é uma realidade e isso não pode mais ser ignorado. Afinal, é essa formação que emite um resultado direto na qualidade do ensino. 

Para os grandes empresários, a modalidade de Ensino à Distância, vem deixando de ser uma ferramenta de democratização da educação e cada vez mais aparece como um mecanismo que visa o lucro das instituições, minimizando a qualidade. De acordo com o último Censo de Educação Superior, apenas 19% dos cursos de EAD privados e 34% dos públicos obtiveram notas 4 ou 5 nas avaliações do MEC. 

O ensino à distância facilita o acesso e não deve ser excluído, entretanto a metodologia de ensino atual é a ideal? É válido lembrar que este modelo pede por uma estratégia que não é a mesma oferecida em cursos presenciais.  

Vamos falar sobre isso em 2024? 

  1. Tecnologia como ferramenta de ensino:

Todos os brasileiros devem ter a oportunidade de acesso à educação de qualidade e a tecnologia, quando bem aplicada e utilizada, é uma chave para isso. 

Hoje, podemos dividir a entrega da qualidade da educação básica no Brasil entre a estatal e a particular, principalmente quando fazemos um recorte sobre a qualidade dos equipamentos e acesso e rede digital nas escolas. O Pisa mostrou que apenas 13,3% dos estudantes brasileiros, de 15 anos, têm uma média (456 pontos) próxima a alunos de primeiro mundo, e esses estão em escolas particulares. Os demais (83%), tem uma realidade que se assemelha a dos jovens de países que ocupam as posições finais da tabela do termômetro da educação. 

A falta de conectividade aprofunda a desigualdade social no Brasil. O uso de ferramentas digitais estimula o interesse do estudante e é dever do governo fornecer condições para que todos alunos tenham esse acesso. 

A Inteligência Artificial também pode ser um agente necessário para educação em 2024, com a criação de sistemas que se ajustam às necessidades de cada aluno, permitindo um ensino mais personalizado com suporte e evolução mais adequada.

De olho neste ponto, alunos e professores da rede pública já podem contar com o auxílio do AprendiZAP, ferramenta 100% gratuita, que conta com mais de 10.000 conteúdos alinhados à BNCC, aulas prontas e acesso simplificado a Inteligência Artificial, facilitando a construção de exercícios e avaliação sob demanda.

  1. Aprendizagem socioemocional:

A gestão escolar já reconhece que além do conhecimento cognitivo, também é preciso desenvolver as habilidades emocionais e sociais dos alunos e professores, implementando ações que promovem a empatia, resiliência, inteligência emocional e, consequentemente, um ambiente mais seguro e estimulante para o crescimento de todos. 

A violência nas escolas é uma questão que vem afetando muitos países, incluindo o Brasil, que ao longo do último ano teve a frequência de ataques aumentada. Esses problemas podem ter um impacto significativo no bem-estar dos estudantes e na qualidade da educação que recebem. É importante que as escolas, as comunidades e o governo trabalhem juntos e identifiquem possíveis gatilhos com antecedência, incluindo no mundo digital, já que muitos dos ataques se iniciam neste ambiente.

Equilibrando o mundo real e virtual

A pandemia apenas acelerou a forma como o digital se faz presente em nossas vidas. Diferentes gerações passaram a depender muito mais da tecnologia, para assistir aulas, ir ao médico, manter contato com os amigos e familiares, buscar informações e até mesmo criar momentos de lazer. 

Assim como tudo, essa nova exposição pede equilíbrio. É importante limitarmos o tempo de tela, não deixar de trabalhar o senso de colaboração e principalmente manter nossas relações pessoais e presenciais.

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