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Mudanças à vista: 2024 deve desafiar estabilidade fiscal das empresas 

Foto: divulgação.

Por Marcelo Simões, diretor de operações e co-fundador da Comtax.

Categoricamente falando, a estabilidade fiscal define-se como o equilíbrio na gestão de finanças de uma empresa. De forma a ser sustentável ao longo dos anos, manter a estabilidade fiscal implica na garantia do controle de orçamentos, evitando déficits persistentes. Ela simboliza, na prática, o termômetro da saúde de um negócio.  

Por refletir a credibilidade fiscal e a confiança de uma corporação, estar atualizado quanto as novidades no mundo econômico e tributário é um ponto crítico para atribuir segurança à tomada de decisão, bem como manter a vitalidade financeira da sua empresa.  

Em 2023, testemunhamos grandes marcas de diferentes varejos recorrerem a recuperações judiciais e terem suas dívidas expostas. Para o novo ano de 2024, acompanhar de perto a situação fiscal e econômica do país, incluindo mudanças no mercado financeiro e projetos governamentais, será não só uma forma de proteção e resguardo de multas, mas também de planejamento. Explico as razões.  

Medidas governamentais e a Reforma Tributária  

A estabilidade econômica em 2024 com certeza deposita grande dependência em dois fatores principais: medidas governamentais e as leis complementares que devem operacionalizar a Reforma Tributária. A volatilidade de ambos os assuntos vai desenhar o curso da gestão fiscal e exigir que as empresas mantenham seu Compliance no mesmo ritmo dessas mudanças.  

Com o objetivo de simplificar o sistema tributário brasileiro, espera-se que a reforma seja regulamentada em 2024, já passando a estabelecer alíquotas menores em alguns setores como saúde, educação e transportes. Além disso, novidades sobre o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) também devem movimentar o cenário fiscal.  

Fatores mundiais inacabados no ano passado, como as guerras entre Ucrânia e Russa e entre países do Oriente Médio, bem como discussões sobre sustentabilidade e incentivos verdes, vão colaborar para novas informações que podem ter influência no setor econômico. Iniciativas no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) esperam cumprir com metas fiscais brasileiras, obedecendo às regras ao mesmo tempo em que superam os desafios que refletem aprovações econômicas passadas.  

Será, de fato, desafiante. Para montar estratégias, será crucial ter como linha de horizonte o suporte fiscal e o conhecimento sobre as legislações vigentes e readequação de processos.  

Piscou, perdeu: eficiência será a prioridade 

Com os avanços tecnológicos e a manutenção na área de impostos, acompanhar a velocidade de demandas da área fiscal será determinante para o desempenho de muitas empresas. Compreender o setor fiscal como o coração do negócio, parte que pode comprometer ou alavancar uma empresa, será o segredo para garantir o sucesso organizacional.  

Novidades da IA (Inteligência Artificial) trarão uma nova visão para o mercado, que se demonstra cada vez mais disposto a expandir melhorias processuais através da inovação. Ganhando vantagens em avanços tecnológicos, a IA pode enriquecer a gestão fiscal, desde gestão de documentos até análises de informações.  

Sem dúvidas, empresas que estiverem despreparadas terão um 2024 muito mais árduo e dificultoso. Blindar a área fiscal, pensando no Compliance e na segurança de dados irá manter a engrenagem forte e pronta para garantir a eficiência das atividades diárias. Fortalecer o ecossistema da empresa e, em especial, o setor jurídico, logístico e fiscal, adiantando-se em relação às transformações econômicas esperadas para 2024, tem tudo para promover prosperidade ao seu negócio. Basta estar de olhos abertos, com a tecnologia e o planejamento fiscal em primeiro plano. 

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