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Aprendizados e impactos após eventos climáticos extremos

Kleber Avila Packseven
Foto: divulgação

Por Kléber Ávila, CEO da Packseven.

Vivemos em um mundo marcado por constantes desafios, onde crises, sejam elas econômicas, sociais ou ambientais, são inevitáveis.

As mudanças climáticas e desastres ambientais se destacam como ameaças prementes que exigem não apenas a atenção, mas também ação imediata.

Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais mostram que em 2023 foi registrado um número recorde de desastres climáticos no país: foram 1.161 eventos em 1.038 municípios, entre ocorrências hidrológicas, como transbordamento de rios, e geológicas, como deslizamentos de terra.

Vivemos em um cenário de incertezas, com transformações cada vez mais abruptas provocadas pelo aquecimento global e influenciado pelos mais diversos fenômenos naturais, que mudam a temperatura dos oceanos e da Terra, aumentando as chuvas ou provocando secas.

Para manter um crescimento sustentável, as organizações devem aprender com as dificuldades e criar estratégias para lidar com essas situações incontroláveis, com foco nas práticas ambientais, sociais e de governança, cruciais especialmente durante eventos extremos.

A consultoria McKinsey realizou recentemente a pesquisa intitulada “OrgBRTrends: as 10 macrotendências que estão moldando as organizações brasileiras”, na qual destaca como tempos voláteis e incertos demandam respostas rápidas.

Ganhar agilidade para fortalecer a resiliência torna-se a prioridade número um na agenda das organizações. Instabilidade, disrupções, inovações e mudanças de comportamento são fatores que as empresas devem considerar ao moldar suas estratégias.

O estudo enfatiza que companhias capazes de superar crises possuem vantagens significativas. Desenvolver uma cultura de aprendizado contínuo e promover a autonomia dos colaboradores são elementos cruciais para a adaptação bem-sucedida às mudanças.

Dados da McKinsey demonstram que, durante a recuperação econômica entre 2020 e 2021, empresas adaptáveis geraram um retorno total aos acionistas 50% maior do que aquelas menos resilientes.

Impulsionar a eficiência transcende a busca por resultados com menos recursos ou a mera gestão de crises. A alocação eficiente de recursos promete benefícios substanciais, incluindo melhor saúde organizacional, maiores retornos aos acionistas e tomadas de decisão mais rápidas e precisas.

Em um contexto no qual as crises climáticas estarão cada vez mais presentes, ações imediatas são necessárias e a eficiência operacional torna-se um pilar estratégico.

Outro ponto ressaltado no estudo da McKinsey é a necessidade de equilíbrio entre a proteção do negócio no curto prazo e a configuração para o sucesso no longo prazo.

Em meio às adversidades climáticas, as organizações precisam manter a visão de longo prazo, adotando práticas sustentáveis e responsáveis, ao mesmo tempo em que implementam estratégias para lidar com os desafios imediatos.

Lembrando que o ano passado foi o mais quente já registrado na história e a projeção dos estudiosos é de que esses desastres aumentem nas próximas décadas, ou seja, a capacidade de adaptação e resiliência tornam-se diferenciais competitivos.

A sobrevivência e o sucesso dos negócios dependem cada vez mais de agilidade, aprendizado contínuo e eficiência para enfrentar as adversidades.

As organizações que investem na construção de uma cultura resiliente não apenas superam os desafios imediatos, mas também prosperam a longo prazo, gerando retornos superiores aos acionistas e contribuindo para um futuro sustentável.

Diante das tempestades que se avizinham, a capacidade de aprender com as dificuldades e criar estratégias robustas será essencial para determinar o sucesso ou o fracasso neste novo cenário mundial.

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