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Como driblar a escassez de mão de obra em TI?  

Monica-Ferreira
Foto: divulgação

Por Mônica Ferreira, COO da SPS Group.

Toda empresa, independente do seu segmento é uma empresa de tecnologia. À medida que os avanços tecnológicos ganham mais protagonismo, investir em tecnologia passou a ser crucial para a continuidade dos negócios, exigindo das organizações soluções inovadoras, com maiores índices de produtividade e eficiência, bem como desempenhar tais funções com um custo reduzido.

No entanto, adotar esses conceitos na prática é o verdadeiro desafio, considerando a atual crise de mão de obra em TI.

Não é incomum ouvirmos relatos sobre a dificuldade de contratar mão de obra qualificada, e no que diz respeito à área de TI, essa realidade é ainda mais dura.

De acordo com dados da Brasscom, o mercado de TI enfrenta um déficit anual de 130 mil profissionais, enquanto as instituições de ensino superior têm capacidade para formar cerca de 53 mil profissionais na área por ano. Isso resulta em uma carência de 77 mil postos de trabalho não ocupados.

Além disso, a falta de experiência dos profissionais recém-formados é um agravante e contribui para não suprir completamente a demanda do mercado.

Considerando que esse cenário está longe de ter um fim, cabe às empresas a missão de buscar medidas que as ajudem a driblar essa situação. Abaixo, destaco algumas ações que podem ser aplicadas para auxiliá-los nessa tarefa:

1. Crie centros de treinamentos internos

É importante que as empresas invistam em seus colaboradores, a fim de acelerar o tempo da curva do aprendizado e, tão logo, conseguirem aumentar o nível de senioridade destes profissionais. A implementação de trilhas de capacitação e iniciativas como hackathon poderão ajudá-los nesse processo.

2. Capacite profissionais que desejam realizar uma transição de carreira

Contratar profissionais de áreas correlatas que desejam migrar para o TI é uma excelente iniciativa para mitigar a escassez, uma vez que se torna uma alternativa interessante, visto que o teto salarial pode ser duas vezes maior que em outras áreas.

Esses profissionais, que possuem conhecimentos correlacionados, terão uma trilha de aprendizado complementar, qualificando-os nas competências essenciais para atuação na área por meio de treinamentos, acompanhamento e assistência durante a sua evolução, resultando em um profissional que utiliza suas especialidades acrescidas dos conhecimentos adquiridos para suprir a demanda em sua totalidade.

3. Invista na captação de talentos

É importante listar quais são as características técnicas e comportamentais desejadas, tais como: capacidade de aprendizado acelerado, proatividade, engajamento, gana e fit cultural com os valores da empresa.

4. Retenção de talentos

Por inúmeras razões, reter talentos também está entre os desafios enfrentados atualmente pelas organizações. Deste modo, realizar constantemente ações de endomarketing, apresentação frequente de feedbacks e alinhamento de expectativas, também são medidas necessárias para fortalecer os vínculos para além do nível empregatício.

É importante destacar que, à medida que a demanda por profissionais aumenta, a disputa por novos talentos se torna mais acirrada. Sendo assim, além da adoção de tais medidas, as organizações devem encontrar maneiras de inovar na busca por profissionais, mantendo o engajamento de time e ênfase na divulgação de ações em prol da captação, formação e retenção destes talentos.

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