Search

As diferenças entre ERPs para pequenas, médias e grandes indústrias

Foto: divulgação.

Por Thiago Leão, diretor comercial da Nomus.

Atualmente, a tecnologia já pode ser classificada como realidade também para pequenas e médias indústrias, além das empresas de grande porte. Não por acaso, nos últimos anos, temos observado a disseminação do conceito de Indústria 4.0. Com o avanço de soluções importantes, a exemplo de ERP (Software de Gestão Empresarial), a busca pela automatização de processos, capaz de pavimentar um terreno de mais eficiência, celeridade e controle, parece se confirmar entre empresas de portes e segmentos variados. Porém, o que muitos gestores deixam passar, é que as similaridades, do ponto de vista das indústrias, terminam por aí.  

E os motivos para estabelecermos essa linha de separação não são poucos. Naturalmente, grandes empresas do mercado industrial apresentam circunstâncias e particularidades específicas, enquanto médias e pequenas indústrias lidam com questões diferentes, compartilhando condições entre si. Fato é que essa distância precisa pesar na balança no momento de escolha por um ERP especializado. Soluções engessadas, que não consideram a complexidade do ramo de transformação como um fator preponderante para a boa recepção e execução da tecnologia no dia a dia organizacional, correm o risco de falhar em um processo que deveria ser agregador e impulsionar o negócio para novos ares de produtividade – independentemente da escala de suas operações. 

A tecnologia não é (e nem precisa ser) a mesma para todos 

Peguemos o exemplo de uma grande indústria que deseja migrar seus processos para um espaço digital, com o auxílio de uma ferramenta ERP. Além dos aspectos orçamentários, como esperado, existe um olhar para a escalabilidade e aderência técnica como um diferencial praticamente obrigatório, no intuito de garantir que a solução contemple um volume massivo de processos e informações inerentes de cada negócio. Para indústrias menores, essa característica também é positiva, mas pelo desejo de crescimento – e que o ERP contemple essa expansão, mesmo que ela seja gradual. Ou seja, é recomendado que a solução se encaixe no cenário atual, tanto do ponto de vista das suas funcionalidades quanto do atendimento, mas que também ofereça um horizonte de recursos mais amplos e avançados que podem ser implantados posteriormente, sem a necessidade de substituição futura de ferramenta no médio e até mesmo longo prazo. Naturalmente, vale mencionar que o fator custo-benefício é outro que se inclina para o lado de médias e pequenas indústrias. A expertise em indústria da desenvolvedora da tecnologia parceira na hora de se decidir entre as opções disponíveis também é um fator que deve ser altamente considerado.  

Em indústrias maiores, não é difícil encontrarmos processos e até mesmo sistemas já estabelecidos internamente, o que pode exigir funções de integração ou implantação de tópicos mais avançados para que a aderência das necessidades aconteça em sua totalidade. Aqui, a complexidade é proporcionalmente maior, com projetos os quais, geralmente, priorizam a obtenção de resultados a longo prazo sem deixar o cotidiano sair dos trilhos. Claro, a estabilidade econômica e o prestígio de mercado são elementos que ajudam para que os planejamentos visualizem conquistas mais longevas, sem aquele imediatismo que perdura, culturalmente, nas organizações menores. O tempo e os custos de implantação, inclusive, carecem de um olhar especial por parte de gestores interessados. É preferível, mesmo em indústrias de grande porte, que essa etapa seja simplificada e faseada, facilitando as parametrizações, o manuseio e a adaptação dos usuários.   

Sou uma pequena/média indústria. Qual ERP devo escolher? 

Com uma margem de erros reduzida, em que cada escolha precisa ser certeira, entendo que a seleção do ERP para pequenas e médias indústrias seja conduzida com prioridade entre outras tarefas e cautela. Alerto, nessa mesma linha de raciocínio, para que essas empresas não caiam no ‘conto’ de ERPs mais generalistas, que por ofertarem soluções para diversos nichos e tipos de empresas trabalham com investimentos reduzidos, delimitando seus recursos e encontrando enormes dificuldades para se adequar à realidade do usuário e aos processos complexos de transformação. Lembre-se: a margem para erros é enxuta quando se trata de tempo, investimento e relacionamento com outros envolvidos na equipe. E essa escolha pode, sim, atrasar e até comprometer a inserção da tecnologia em sua indústria se a escolha não tiver sido a mais adequada. 

Por outro lado, custos menores não são sinônimos de baixa qualidade. ERPs desenvolvidos com um viés de especialização na indústria, embasados por estruturas inovadoras, despontam como alternativas de forte custo-benefício, mobilidade e fácil acesso. Esses softwares podem ser completos, abarcando aluguel de licenças, suporte técnico, capacitação, back up, segurança e todos os benefícios necessários, passando por funcionalidades que sustentem uma rotina de gerenciamento e controle eficaz, com procedimentos organizados e otimizados, do chão de fábrica às vendas e faturamento (e, por vezes, abrangendo aos tópicos mais robustos, como expedição, qualidade, MRP II, programação fina, custos, etc). 

Finalmente, entre diferenças inevitáveis e soluções que buscam acompanhar o mercado, uma coisa é fato: a onda tecnológica não é exclusividade de grandes indústrias e não requer, obrigatoriamente, investimentos estratosféricos. Deixando a ‘grife’ de escanteio, a tecnologia está ao alcance de todos. Para pequenas e médias indústrias, é com esse pensamento que podemos elencar ERPs com plenas condições de efetivar a presença digital e oportunizar ganhos que estimulem o crescimento e a expansão do negócio, sempre compreendendo as dificuldades do segmento e alinhando expectativas, por resultados verdadeiramente satisfatórios.  

Compartilhe

Leia também