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Como medir e monitorar emissões nas frotas pode colaborar com práticas de ESG?

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

Por Eduardo Canicoba, vice-presidente da Geotab para o Brasil.

A preocupação com a sustentabilidade e a redução das emissões de gases de efeito estufa tornou-se um tema central em discussões ao redor do mundo. No Brasil, uma resolução recente do Conselho de Valores Mobiliários (CVM) e do Ministério da Fazenda obrigará as empresas públicas a fornecer divulgações anuais relacionadas à sustentabilidade e ao clima a partir de 2026. Quando falamos de frotas e transportes terrestres, medir e monitorar as emissões e os esforços em prol da redução da pegada de carbono passa a ser essencial para alinhar o País às tendências globais de responsabilidade corporativa.

Para entender a novidade, podemos voltar um pouco no tempo. Em dezembro de 2021, o CVM emitiu uma instrução para estabelecer as diretrizes para a elaboração e divulgação de relatórios de sustentabilidade por empresas de capital aberto. Este feito já tinha como objetivo promover transparência e responsabilidade ambiental, social e de governança (ESG) nas práticas empresariais, permitindo que investidores, órgãos reguladores e o público em geral avaliassem o desempenho das empresas nesses aspectos. A nova resolução será aplicada de forma voluntária a partir de 2024 e de maneira obrigatória em 2026, sacramentando a importância do relatório.

Quando trazemos a discussão para o setor de logística e transportes, dados alarmantes reforçam a necessidade de adequação das empresas para um futuro mais sustentável. Afinal, o setor automotivo é um dos maiores geradores de gases do efeito estufa: de acordo com o World Resources Institute, 14% das emissões anuais são geradas pelo setor de transporte, e 72%, diretamente por veículos rodoviários. Assim, quando empresas decidem adotar uma operação mais sustentável, uma boa forma de começar é com a redução das emissões de carbono. Porém, antes disso, é necessário saber o volume de gases despejados no ar. 

A importância do monitoramento 

Ao medir e monitorar as emissões nas frotas, as empresas adotam um compromisso com a redução do impacto e a responsabilidade ambiental. Tecnologias avançadas, como sistemas de telemetria, telemática e gerenciamento de frotas, facilitam a coleta e análise de dados de emissões e permitem o acompanhamento em tempo real do desempenho dos veículos, identificando padrões de uso ineficiente e colaborando com a implementação de medidas imediatas para corrigir desperdícios.

Esses sistemas também permitem que as empresas identifiquem falhas de comportamento dos motoristas e veículos em tempo ocioso, e planejem estratégias e treinamentos para promover a economia de combustível, contribuindo para a redução das emissões e dos custos. 

Adicionalmente, o compromisso com práticas de ESG colabora para uma melhoria da imagem corporativa e da competitividade de mercado, já que consumidores e investidores estão cada vez mais interessados em apoiar companhias que buscam um modelo de negócios com produtos e serviços ambientalmente responsáveis. Ou seja, a sustentabilidade tem se tornado um importante fator de decisão de compra.

Tecnologias que contribuem para um monitoramento preciso 

Ferramentas que trazem visibilidade sobre os dados gerados pelos veículos comerciais são imprescindíveis para os gestores que desejam tornar as frotas mais ecológicas e economizar nos custos de abastecimento. Os insights de dados podem revelar questões relacionadas ao uso de combustível, quantidade de emissões de gases de efeito estufa e monitorar ainda o desempenho de veículos elétricos, trazendo mais autonomia às operações.

Soluções baseadas em telemática, por exemplo, podem proporcionar uma comparação entre as atividades de determinada frota com informações do mercado, utilizando uma base de dados de operações reais, relacionadas a modelos dos veículos, estilo de condução e outras condições. 

Ou seja, a partir dos resultados obtidos com a mensuração e o acompanhamento das emissões, as empresas podem estabelecer metas de redução e implementar estratégias precisas para alcançá-las. Isso não apenas ajuda a atender às exigências regulatórias, como a nova decisão do CVM, mas também a promover uma cultura de sustentabilidade em toda a organização.

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