Por Amure Pinho, investidor-anjo e fundador do Investidores.vc.
Nos últimos anos, o termo ESG (Environmental, Social and Governance) tornou-se um mantra nos círculos empresariais e de investimento.
Empresas e investidores estão cada vez mais conscientes do papel que desempenham na promoção da sustentabilidade, equidade social e boas práticas de governança.
No entanto, para muitos investidores, o ESG vai além do discurso e eles buscam empresas, especialmente startups, que genuinamente integram esses princípios em seu DNA e operações.
Segundo o Responsible Investing in Tech and Venture Capital Advancing Public Purpose in Frontier Technology Companies, estudo sobre investimento responsável da Harvard Kennedy School, é possível ver que o bom desempenho em métricas ESG está relacionado à melhora do desempenho financeiro das empresas, resultando em aumento da confiança do consumidor, valor da empresa e a protegendo contra contestações relacionadas ao tema.
Uma startup de impacto genuína não apenas proclama um compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social, mas também tem uma missão e propósito claros que refletem esses valores.
Os investidores são atraídos por empresas cujo propósito vai além do lucro, buscando resolver problemas reais do mundo de forma sustentável e socialmente consciente.
Além disso, estão interessados em startups que desenvolvem modelos de negócios inovadores que demonstram como é possível gerar lucro enquanto cria um impacto positivo no meio ambiente e na sociedade. Isso pode incluir empresas que adotam a economia circular, promovem a inclusão financeira ou desenvolvem tecnologias verdes.
Para investidores em ESG, não basta apenas alegar impacto, eles procuram métricas sólidas e mensuráveis que demonstrem o compromisso da startup com seus objetivos ambientais e sociais. Startups que podem fornecer dados tangíveis sobre redução de emissões de carbono, melhoria das condições de trabalho ou aumento do acesso a serviços básicos são mais atraentes para esse público.
Sem contar que a cultura organizacional de uma startup desempenha um papel crucial na percepção dos investidores sobre seu compromisso com o ESG. Empresas que promovem uma cultura inclusiva, diversificada e transparente tendem a atrair aqueles que valorizam a governança corporativa e a ética nos negócios.
Em um mundo em constante evolução e enfrentando desafios como mudanças climáticas e desigualdade social, os investidores procuram startups que demonstram resiliência e capacidade de adaptação.
Empresas que podem se adaptar a novos desafios e continuar a gerar impacto positivo, mesmo em condições adversas, são vistas como investimentos sólidos a longo prazo.
Para eles, o compromisso de uma startup vai além de simplesmente adotar o discurso da moda. Eles buscam empresas com missões claras, modelos de negócios inovadores, métricas de impacto mensuráveis, culturas organizacionais sólidas e capacidade de adaptação.
Ao investir em startups de impacto genuíno, esses investidores não apenas buscam retornos financeiros, mas também contribuem para um futuro mais sustentável e justo para todos.