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O que esperar da Inteligência Artificial no Marketing Digital

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Inteligência Artificial (IA) está revolucionando o mundo como um todo e o Marketing Digital não é exceção. Com sua capacidade de analisar grandes volumes de dados, automatizar tarefas e personalizar experiências, a IA está abrindo um mundo de novas possibilidades para os profissionais da área. 

Em contrapartida, o uso da ferramenta gera debates e levanta questionamentos sobre ética e até onde o recurso pode ou não ser usado. 

Para saber mais sobre os caminhos que profissionais e agências de Marketing Digital estão percorrendo e ainda vão percorrer, o Economia SP Drops conversou com Renan Cardarello, CEO da iOBEE, empresa de assessoria de marketing digital e tecnologia. Confira:

Quais são os principais desafios enfrentados pelas empresas em relação ao marketing digital atualmente?

Renan: Acreditamos que as empresas já entenderam que o marketing digital é uma estratégia inevitável. Afinal, os brasileiros passam mais de 5,3 horas por dia conectados na internet (Fonte DataIA). No entanto, muitas empresas não sabem por onde começar, então normalmente acabam contratando algum fornecedor para iniciar sua aventura nesse vasto campo e, no final, se frustram com o resultado. Isso acontece devido a dois fatores. O primeiro se deve ao panorama atual dos fornecedores dessas atividades: muitos são físicos quânticos que não entendem nada de física. Ou seja, prometem e vendem uma ideia que é utópica. Resultado: não entregam o que prometem e deixam o empreendedor/empreendedora frustrado. O segundo fator é a falta de alinhamento de expectativas, algo que, no meu ponto de vista, também tem a ver com o primeiro fato. Uma boa empresa deveria orientar o cliente sobre todo o panorama.

Como a falta de ações orientadas para resultados estava impactando negativamente as empresas?

Renan: Marketing digital, se bem-feito, é resultado na certa. Mas, as empresas que não tiveram uma boa experiência, pelos motivos citados na primeira pergunta, acabam ficando com “a guarda alta” em relação a essa estratégia.  E, no longo prazo, isso é ruim. A falta de investimento em marketing digital faz com que as empresas acabem travando o seu crescimento, basicamente colocando correntes nas próprias pernas. Por exemplo, o SEO é uma estratégia interessante, mas será que faz sentido iniciar com essa solução de marketing digital para uma empresa que tem um investimento pequeno e que possui muita concorrência digital no seu segmento? Esse tipo de solução é importante, mas saber o timing dela é ainda mais.

Qual foi o insight ou experiência chave que inspirou os fundadores da iOBEE a abordar essa lacuna no mercado?

Renan: Tendo atuado no mercado há mais de 10 anos, vimos que há uma lacuna em relação a oferta vs. demanda. Existem mais de 20.000.000 empresas ativas. Mas, quantas delas fazem investimento em marketing digital? E a segunda pergunta é: quantas delas fazem o investimento em marketing digital eficaz? Sabemos que existe a demanda, e a entrega desse serviço é ruim, portanto, por que não investir?

Como as mudanças nas plataformas de mídia social, como algoritmos e políticas de anúncios, e até mesmo a IA podem afetar as estratégias de marketing digital de empresas?

Renan: As mudanças apresentadas em intervalos de tempo cada vez menores estão acabando por impulsionar toda a indústria de marketing, de modo a que elas se adaptem às transformações. Consequentemente, as empresas também precisam se adaptar. Há dois ou três anos, por exemplo, ninguém imaginava que a IA acabaria se tornando uma das ferramentas que é capaz de otimizar o tempo dos experts da área do modo como ela faz hoje. De forma resumida, as mudanças que chegam ao mundo podem, por vezes, afetar as estratégias do marketing digital e, nesse sentido, sejam elas boas ou más para o campo, cabe às empresas adaptarem as táticas antes utilizadas e transformá-las de modo com que conversem com as novas situações. Os updates de algoritmos e políticas de anúncios sempre vão continuar acontecendo, uma vez que as plataformas precisam estar alinhadas e preparadas para lidar com novas metamorfoses da sociedade. Nesse sentido, as estratégias de marketing digital também sempre vão continuar em um processo de transformação. Apesar de cansativo, a adaptação às novidades é necessária.

Como você vê a evolução das estratégias de marketing digital ao longo dos últimos anos e quais são as tendências mais importantes que você observa atualmente?

Renan:  O marketing digital pode ser dividido em eras:

Anos 2010 até 2015: era da mídia de performance, SEO e links patrocinados.

Anos 2015 até 2018: era do Facebook/Meta Ads.

Anos 2018 até 2022: era do Instagram orgânico e infoproduto (combinado com tudo acima).

Anos 2023 atualmente: era da IA (associada com todas as ideias apresentadas).

Em 2024 enfrentamos todas as eras do marketing digital somadas, ou seja, se você só trabalhar com o que está em alta no momento e deixar de lado o que aconteceu nas eras antigas, provavelmente seu plano apresentará pontos fracos.

Atualmente, o uso de IA está muito forte, e isso irá se manter pelos próximos anos. Mas a questão é: se não souber usar a inteligência artificial, seus resultados poderão ser até piores. Os grandes players estão criando algoritmos para detectar quando o uso da IA foi de “CTRL+C” + “CTRL+V”, ou seja, se o texto foi escrito por um robô. O próprio Instagram divulgou recentemente uma atualização dizendo que em breve conseguirá identificar quando o conteúdo for algo feito somente por IA. O conteúdo gerado por IA, por si só, não é um problema (segundo o Google, por exemplo), contudo, prompts de comando feitos de forma a entregar apenas quantidades exageradas de textos superficiais não geram resultados. Pelo menos no Google, que já apresenta uma barreira contra esses textos que poderiam ser produzidos em massa, é necessário seguir as normas E.E.A.T. (experiência, expertise, autoridade e confiabilidade), que necessariamente acabam por tornar obrigatória a presença de aspectos como experiência e expertise do profissional e autor do texto no meio do tópico tratado.

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