Por Iagor Gonçalves, fundador da Bequest.
Com o avanço do digital nos últimos anos, as edtechs, startups de educação, têm investido cada vez mais na gamificação do ensino para todas as faixas etárias e em diferentes segmentos além das escolas tradicionais. Segundo o relatório “The 2019-2024 Global Game-based Learning Market”, da Metaari, empresa de pesquisa de mercado que identifica oportunidades para fornecedores de tecnologia de aprendizagem, há uma estimativa de crescimento de 15,4% até o final deste ano.
A gamificação nada mais é do que a aplicação de elementos de jogos em aulas online, como por exemplo, desafios com pontos, níveis e recompensas. Os alunos, principalmente as gerações Y e Z, conseguem reter um melhor aprendizado, além de se engajarem no trabalho em equipe e desenvolverem os hardskills (habilidades técnicas) e softskills (habilidades comportamentais).
Assim como nas escolas, a gamificação no ensino de empreendedorismo é eficaz, porque traz desafios e ajuda a desenvolver competências que são essenciais para os futuros empreendedores, como por exemplo: raciocínio lógico, criatividade, resolução de problemas, tomadas de decisão, entre outras.
Além disso, a gamificação na educação empreendedora é uma forma de democratização de conteúdos que podem ser acessados de qualquer lugar e a custos mais acessíveis, o que contribui diretamente para a diversidade e inclusão, pois há um alcance fora das grandes cidades. Ou seja, os alunos já se preparam no ambiente digital para assumirem desafios no empreendedorismo que também está crescendo no online.
Portanto, acredito que o futuro para as edtechs, tanto no Brasil quanto no cenário global, é promissor porque a gamificação do ensino vem se consolidado como uma ferramenta poderosa e revolucionária na educação, proporcionando um ambiente mais inclusivo, além de preparar os alunos para os desafios e oportunidades tanto no empreendedorismo, quanto no mercado de trabalho, ambientes que estão cada vez mais concorridos e, ao mesmo tempo, repletos de oportunidades.