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IA,Blockchain e Biotech são as principais tendências para empresas brasileiras

Foto: Divulgação

Com o avanço rápido da tecnologia, prever quais ferramentas serão fundamentais no futuro torna-se uma tarefa desafiadora. No entanto, a partir de suas experiências e especializações, executivos compartilham suas visões sobre as tendências tecnológicas que devem moldar os próximos anos.

1) INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Para Douglas Souza, CEO do MIT Sloan Management Review Brasil, a inteligência artificial (IA) não é apenas uma tendência a ser aplicada em determinados setores ou processos, mas sim um catalisador de transformação, tanto nos negócios quanto na sociedade em geral. Ele explica que essa transformação está fundamentada em dois pilares.

O primeiro é o surgimento da inteligência artificial generativa, que possibilita a utilização de dados não estruturados que antes estavam subutilizados em empresas ao redor do mundo devido à falta de capacidade de processamento em larga escala, especialmente em formatos como áudio e imagens.

“Agora conseguimos, enfim, utilizá-los, abrindo um campo gigantesco de possibilidades sobre dados que estavam ‘engavetados’ e que ganham vida. Eles vêm para a mesa de forma mais estruturada e, a partir desses novos dados, podemos começar a tomar decisões melhores”, afirma.

O segundo pilar apontado por Douglas é a visão da IA não apenas como uma ferramenta para aumentar a produtividade, mas sim como uma extensão da inteligência humana. Para ele, existem duas formas de inteligência: a individual e a social, que é coletiva. Nesse contexto, a IA complementa ambas, ampliando a capacidade da sociedade de processar dados e informações.

“É preciso enxergar a IA não somente como mais uma ferramenta, mas, sim, como essa nova dimensão de inteligência que é. Com ela, podemos dar saltos muito grandes em termos de negócio, gestão e na sociedade como um todo”, argumenta Douglas. 

2) Blockchain

Avaliando os impactos do blockchain no mundo corporativo, Paulo Bivar, sócio-fundador da Kinp Group, consultoria especializada em recrutamento de executivos, ressalta os ganhos que a tecnologia pode proporcionar para territórios com grandes dimensões geográficas como as do nosso país.

“Não tem como falar dessa ferramenta sem destacar os estágios de adoção, estágios de prontidão da tecnologia”, avalia. “Ressalto a importância do blockchain quando se trata de um país do tamanho do Brasil, para a tokenização de ativos financeiros e não financeiros. É uma tecnologia de valor, que está em discussão.”

O mecanismo surge ainda como um grande banco de dados digitais, que permite o compartilhamento transparente de informações e proporcionando transações ainda mais seguras. Sobretudo, num panorama em que o cenário é a popularização das moedas digitais.  

“A vinda do Real Digital deve acelerar a adoção das empresas de tecnologias com base em blockchain. Principalmente na tokenização de ativos, de acordo com o quão avançado é o mercado de capitais e a área financeira no Brasil”, reflete Paulo Bivar. 

3) Biotech

Acreditando no potencial das novas ferramentas para o setor de saúde, Bivar avalia que o sistema Biotech trará transformações positivas quando o assunto é a criação de novos medicamentos e dispositivos para análise da qualidade de saúde no mundo corporativo. 

“Existem muitos investimentos recentemente, como é o caso de algumas startups que têm aneis de performance e monitoramento de saúde como um todo”, diz o executivo.

Esse panorama, segundo ele, oferece benefícios não só para a saúde individual, como também para o empresariado  avaliar as condições físicas de seus colaboradores.

“Diminuir riscos de seguro de saúde com custos menores e trabalhar a qualidade de vida dos colaboradores é uma tendência nas empresas ”, afirma.

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