Por Renan Cardarello, CEO da iOBEE.
Na atual conjuntura da era do marketing em que estamos (5.0), a ideia de trabalhar com itens generalistas não funciona para a maioria das empresas de E-Commerce que começam seus negócios, tendo, na maioria das vezes, que apostar em produtos de nichos para que consigam um público que as marcas “gigantescas” acabam deixando para trás. Nesse sentido, alguns tópicos são interessantes para os futuros empreendedores que têm interesse nessa área – dentre eles, a personalização no marketing.
Começando pelo marketing e sua personalização: segundo um estudo divulgado pela Adobe Experience Cloud Blog, foi indicado que 71% dos consumidores têm expectativas de que as marcas apresentem interações personalizadas nessa relação de troca de mensagens que o cliente x marca possui. O dado corrobora com outra pesquisa do Google, a qual expunha o fato de que mais da metade dos consumidores estadunidenses dizem que têm interesse em verem anúncios personalizados quando estão em um processo de compra.
Sabendo que as pessoas, hoje, valorizam bastante a customização das mensagens das marcas a serem recebidas por elas, temos outro fator que é importante ao assunto: o do NFT, ou Non Fungible Token. Sua ideia é disponibilizar artigos na web que são únicos, de forma que as pessoas que os compram se tornam donas oficiais das imagens ou arquivos, sendo as únicas a poderem utilizá-las oficialmente.
Dessa forma, o indivíduo, ao comprar um desses tokens, torna-se proprietário de uma peça única na internet. E olha… Isso causou um boom gigantesco no cenário de 2021-2022, tanto que figuras públicas como Neymar chegaram a entrar na onda e a gastar, aproximadamente, R$ 6 milhões em um NFT. Hoje, ele vale cerca de R$ 1 milhão. Vale comentar que dentro do cenário de games, alguns jogos virtuais foram construídos e lançados especificamente para lucrar a partir de estratégias voltadas para esses itens.
Outro fato da atualidade é a redução nas campanhas voltadas à massa e o crescimento do número das que visam mover o indivíduo, conversando com ele e entendendo suas dores e desejos. É claro que as veiculações em massa também possuem força, mas isso vem perdendo momentum ao longo dos anos. Em seu lugar, temos visto a afinidade pelas personalizadas crescendo.
Com isso, quero chegar à seguinte conclusão: o momento para as marcas apresentarem um marketing personalizado para produtos personalizados está chegando. Iniciativas como a Nike By You, onde os clientes podem montar seus pares de tênis com a customização de algumas cores em cada parte deles, até mesmo modificando o padrão no solado, estão destinadas ao sucesso.
É complexo, contudo, fazer um marketing preditivo anos antes das mudanças que veremos na sociedade e do modo de consumo acontecerem – mas, apesar disso, ao se basear nos dados que estão sendo exibidos por grandes grupos, a customização de produtos se tornará, minimamente, um nicho extremamente vantajoso a ser explorado por várias pequenas empresas em um futuro próximo.